Hoje apresento-vos uma crónica publicada no último número da Revista "O Praticante" dedicada aos desportos ao ar livre (atletismo, BTT, etc).
Não posso deixar de vos aconselhar vivamente que, para além de lerem o post, vejam estas imagens (absolutamente delirantes) e que parecem feitas de propósito para este texto.
Leiam-no primeiro.
Aqui vai:
"Já ouviram certamente falar da angústia do guarda-redes antes do penalty. Pois bem, eu sempre defendi que a angústia é do marcador do penalty, uma vez que toda a pressão social pende sobre este último, na medida em que é mais natural o penalty ser convertido do que ser falhado, logo, sendo golo o guarda-redes não poderá ser crucificado pelos adeptos, enquanto que se ocorrer o inverso, todos já sabemos a história.
Aliás, um dos momentos mais marcantes da minha vida de adepto deu-se precisamente quando o Veloso, excelente jogador do Benfica, falhou aquele penalty na final contra o PSV da Holanda.
Vem toda esta história a propósito da angústia do escriba desinspirado antes de apresentar o seu artigo. Sim, porque como os nosso caros leitores certamente se têm apercebido esta revista tem cada vez uma maior responsabilidade, pois é lida por cada vez mais leitores, de mais locais (graças ao advento da Internet e ao facto de estar associada ao site do “Mundo da corrida, em http://www.omundodacorrida.com/, principal site do País para os amantes do atletismo, ciclismo, BTT e desportos afins) e serve-os com mais páginas e com muito mais qualidade. Postas as coisas assim, a responsabilidade de todos nós que escrevemos nela aumenta exponencialmente e, os temas a abordar deverão também ser mais abrangentes.
Poderei falar-vos de algo que me intriga seriamente – a forma indiferente como este País em Geral, mas muito particularmente o mundo dos adeptos do futebol, que são uma larguíssima maioria, se mostram mais ou menos indiferentes ao caso “Apito Dourado”. Não, não se trata de ser uma guerra Norte-Sul, como alguns querem fazer crer. Também não se trata de tentar ganhar ao F.C.Porto aquilo que não se consegue ganhar nos campos, mas caramba, fui dos privilegiados que assisti ao duelo Bem Johnson-Carl Lewis e sendo apoiante deste último, vibrei com a vitória daquele, mas sofri uma enorme desilusão quando lhe retiraram o título olímpico devido ao controlo positivo anti-doping. O mesmo aconteceu entre muitos outros casos a vários campeões de ciclismo e à velocista Norte-Americana Marion Jones, ou à Juventus, baluarte do desporto Italiano que foi parar à segunda divisão e retirado os títulos conquistados nos anos que se apurou ter havido fraude. E sabem porquê? Porque quem ganha com batota, não está verdadeiramente a ganhar. Que valores passamos aos nossos filhos, quando eles ouvem, como todos ouvimos as escutas de conversas reais, não imaginárias, e se apercebem que há dirigentes que compram árbitros, falseiam classificações dos mesmos para estes estando em dívida poderem arbitrar os seus clubes, que pagam a prostitutas para os acompanharem, dão-lhes jantares, com tudo do bom e do melhor, oferecem-lhes ouro, etc, etc? Que dizemos aos nossos filhos quando, como por exemplo o meu me perguntou, qual a diferença entre o ouro negro e o outro, porque tinha ouvido na televisão que afinal eles eram comprados com ouro negro? Pois bem, meus caros, uma sociedade que está indiferente a isto, assim como a tantas e tantas mentiras que os nossos responsáveis políticos vão dizendo e, comprovadamente são desmentidos, é uma sociedade a precisar de uma profunda alteração de valores. Olhem, ao menos usufruam esta revista e pratiquem muito desporto! Até à próxima!!!"
1 comentário:
parece que os jogadores do sporting leram este post ou este artigo porque todos têm a angustia do avançado a marcar penaltis
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