quarta-feira, maio 30, 2007

"Análise aos novos Líderes partidários"

Deixo-vos um artigo publicado no "notícias do Seixal" em Outubro de 2005. Na altura, tentava "prever" o comportamento dos novos líderes partidários. Verifique o caro "bloguer" se as fiz correctamente, ou não. A história encarregou-se de alterar "pormenores", mas, se estiverem atentos, está lá tudo. Podia ter sido escrito hoje. Reparem na subtileza da última frase. Uma pergunta malandra: quem abandonou recentemente o P.S. e vai concorrer como independente às eleições intercalares da Câmara Municipal de Lisboa?? Pois é... estava escrito nas estrelas. :=)))


"Análise aos novos Líderes partidários"

Estava o Comité Central reunido havia horas. Lá dentro o ambiente era bastante tenso. O jovem líder do Grupo Parlamentar pensava para os seus botões – chegou a minha vez, é agora ou nunca e jogou a sua cartada. Levantou-se num impulso e dirigiu-se aos camaradas presentes: "como sabem o P.S. acaba de eleger um Secretário-Geral, bonito, boa pinta, moderno e muito apreciado pelo eleitorado feminino", e prendeu desde logo a atenção dos restantes que abanavam verticalmente a cabeça em sinal de concordância. Sentindo-se confiante continuou - "como também todos sabem, os nossos camaradas socialistas apenas quiseram imitar o PSD que tem o mais mediático e apreciado político pelo sector feminino, portanto camaradas, como vêem temos que encontrar alguém tão bonito e mediático como eles" – e jogou a cartada decisiva, olhou à sua volta em tom dramático e disse: - "devemos escolher de entre nós o mais bonito, o mais mediático, o mais telegénico porque hoje a ideologia não conta". Era um argumento decisivo, pois todos olharam para os restantes partidos políticos:Santana,Sócrates e os irmãos Portas. Houve um momento de tensão. Abandonar a ideologia, os princípios de décadas apenas para não perder eleitorado?Era altura de ouvir o Ancião, que apenas era convocado para reuniões desta importância. Muito a custo devido à sua idade avançada a referência mítica do Partido Comunista referiu: "terei de concordar com o camarada Bernardino que colocou o dedo na ferida como ninguém. Camaradas, os tempos são outros, o muro de Berlim caiu há mais de uma década, os nossos adversários usam técnicas cada vez mais apuradas de marketing político. Temos de escolher um candidato jovem, que dê uma nova dinâmica ao partido, que seja bonito, telegénico como o Sócrates ou até o Santana. Num ápice quando a plateia estava absolutamente convencida e a cumprimentar o mais jovem deles todos, o Ancião concluiu: "Boa sorte camarada Jerónimo de Sousa!" Aprendi a gostar de história quando um professor do ensino secundário dessa disciplina nos alertou: Compreendam sempre o presente à luz do passado. Nele encontrarão as respostas que o presente não vos dá. Tentei seguir o seu conselho e posso dizer-vos que tem resultado. Assim compreendi melhor as posições actuais da Alemanha e da França no contexto Europeu. A guerra do Iraque, o desmoronamento da Jugoslávia, a posição da Turquia e muitos outros conflitos actuais à escala planetária. É também à luz da história que devemos compreender a recente polémica entre o Professor Marcelo e os Santanistas.Conta a história o seguinte: "três amigos com tanto de irreverentes como de inseparáveis estavam desgostosos com o rumo do País. Era o tempo do bloco central. Então criaram um movimento chamado de "Nova Esperança", que preconizava um caminho novo e diferente para Portugal. Poucos movimentos foram tão importantes para a nossa vida política contemporânea. Sabem porquê? Porque esse movimento já nos deu três primeiros-ministros e três candidatos a presidente da Republica nas próximas eleições presidenciais. Voltemos à nossa história. Esse movimento avançou um nome que seria o rosto da mudança. Ele mesmo – cavaco Silva. O tempo passou e o grupo separou-se. Santana Lopes zangou-se com o seu amigo da faculdade – Durão Barroso, e Marcelo Rebelo de Sousa rapidamente se afastou de cavaco Silva. Quanto a Durão Barroso, todos sabemos o seu percurso. Curiosamente à excepção deste último, todos os outros três foram candidatos da direita mais ou menos assumidos para as próximas Presidenciais. Primeiro Santana Lopes assumiu que o poderia ser, mas agora já não é por razões óbvias. Cavaco e Marcelo estão num "mano a mano" embora tudo possa parecer confuso, mas não tenho dúvidas: foi uma cartada política brilhante de Marcelo Rebelo de Sousa que o Governo não teve habilidade de gerir. Censura? Pura conversa. Parece que a camarada Helena Roseta sintetizou bem o sentimento vivido no congresso rosa: "não tenho nem beleza nem inteligência para ser uma socranete" Ela lá sabe o que queria dizer!!!!!!

quarta-feira, maio 23, 2007

Framboesazinha (de ouro)


Framboesa de Ouro é um prémio cinematográfico, paródia do Oscar, que premeia só os piores filmes produzidos ao longo de um ano. Actualmente é escolhido por internautas membros da "associação".

Se procurarem numa qualquer enciclopédia também verificarão que se trata de um fruto frequentemente confundido com a amora, com o seu sabor adocicado, de trago ácido.
É precisamente essa particularidade agridoce que me fez lembrar este governo.

Ora, framboesa tem tudo a ver com o nosso governo. Este governo já é larga e honorificamente vencedor da “Framboesa de Ouro”. Mais, quase me atrevo a dizer que tem direito a esse prémio perpetuamente.

A sede de poder, concentração totalitária revelada pelo Primeiro Ministro, começa a ser preocupante, deixando de ser um traço de personalidade, para uma forte patologia, que até teria a sua graça, não fosse incidir sobre todos nós. Alguns exemplos para o abismo para onde caminhamos?
Comecemos pela bizarra, mas infelizmente verídica, história de um professor de Inglês, que trabalhava há quase 20 anos na Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), foi suspenso de funções por ter feito um comentário - que a directora regional, Margarida Moreira, apelida de insulto - à licenciatura do Primeiro-ministro, José Sócrates. A directora regional não precisa as circunstâncias do comentário, dizendo apenas que se tratou de um "insulto feito no interior da DREN, durante o horário de trabalho". Perante aquilo que considera uma situação "extremamente grave e inaceitável", Margarida Moreira instaurou um processo disciplinar ao professor Fernando Charrua e decretou a sua suspensão. "Os funcionários públicos, que prestam serviços públicos, têm de estar acima de muitas coisas. O sr. primeiro-ministro é o primeiro-ministro de Portugal", disse a directora regional. Motivo que ofendeu tanto a Sra. Directora Regional? um comentário jocoso feito pelo professor, dentro de um gabinete a um "colega" e retirado do anedotário nacional do caso Sócrates/Independente, que se pinta, maldosamente de insulto, leva-se à directora regional de Educação do Norte, bloqueia-se devidamente o computador pessoal do serviço e, em fogo vivo, e a seco, surge o resultado: "Suspendo-o preventivamente, instauro-lhe processo disciplinar, participo ao Ministério Público" A directora confirma o despacho, mas insiste no insulto. "Uma coisa é um comentário ou uma anedota outra coisa é um insulto", sustenta Margarida Moreira. Sobre a adequação da suspensão, a directora regional diz que se justificou por "poder haver perturbação do funcionamento do serviço". "Não tomei a decisão de ânimo leve, foi ponderada", (e eu afirmo, como actuará esta senhora quando tomar decisões de ânimo leve!!??). Neste momento, Fernando Charrua já não está suspenso. Depois da interposição de uma providência cautelar para anular a suspensão preventiva e antes da decisão do tribunal, o ministério decidiu pôr fim à sua requisição na DREN. Como o professor, que trabalhava actualmente nos recursos humanos, já não se encontrava na instituição, a suspensão foi interrompida.
Se a moda pega..

Claro que não foi o P.M. que directamente promoveu esta situação, mas sendo uma situação pública, pergunto: o que aconteceu a esta directora regional? Ninguém no Governo soube disto?
Adiante, o Governo segue perigosamente na senda da concentração de poderes no estado, retirando competências e visibilidade política a quem lhe faz frente. Tivemos a Lei das Finanças Locais, que de tão escandalosa conseguiu o feito notável de colocar toda a Associação Nacional de Municípios contra ela (incluindo as Câmaras do P.S.), a Lei das Finanças Regionais, que culminou como todos vimos na segunda maior vitória de sempre do PSD e uma clamorosa derrota do P.S. e agora prepara-se para fechar com chave de ouro (só por isso lhe ofereço mais uma framboesa) com a Novo Regime Jurídico que regulamenta as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, quando já decidiu acabar com as restantes Áreas Metropolitanas do País. Ou seja, faz exactamente o contrário daquilo que sempre defendeu, incluindo a garantia dada hoje mesmo pelo Senhor Secretário de Estado aos representantes dos partidos na Grande Área Metropolitana de Lisboa, de que essa eleição não vai ser directa. Para o comum dos leitores que não sabe sequer o que é a G.A.M.L. certamente pouco lhe interessará esta temática, mas já gostará de saber que os representantes do órgão executivo (Junta Metropolitana) deixarão de ser os presidentes das Câmaras (eleitos democraticamente, e neste particular até estou à vontade, pois o actual presidente da J-M. é do PCP) para passarem a ser técnicos indicados pelos Presidentes das Câmaras. O que pretende o Governo? Para além de ter mentido, sim porque mentiu e isso deve sempre ser dito (dou-lhe outra framboesa, sr. P.M.), pretende eliminar politicamente mais um órgão intermédio do Estado, pois, por mais competente que seja o futuro presidente, não tem a legitimidade, nem visibilidade política que tem um presidente de uma Câmara Municipal, eleito entre os seus pares (Rui Rio – percebem agora?? No Porto e Carlos Humberto na nossa AML).

Por fim, entre muitos outros assuntos, falo-vos de um que mais tarde voltarei a abordar com o destaque que merece face à sua importância social, sobretudo no nosso distrito: O Desemprego. Sr. P.M., ofereço-lhe mais uma framboesa, esta bem grande e amarga, pois o senhor também aqui mentiu aos Portugueses e vai mentindo todos os dias quando anuncia o fim do problema e, como que por artes mágicas, de repente temos o pior desemprego dos últimos 15 anos. Claro que administrativamente vai eliminando desempregados, muitos deles que ficam sem um subsídio de desemprego, para o qual contribuíram ao longo de uma vida de trabalho, mas só porque não se apresentaram numa qualquer “apresentação quinzenal”, o perdem irremediavelmente. Ainda bem que todos sabemos que o partido Socialista tem historicamente “preocupações sociais”, porque se não as tivesse...

Senhor P.M., senhor Ministro do Trabalho, o que fizeram vocês pelos mais de mil desempregados da Alcoa, aqui no nosso Distrito? E que medidas está a tomar para que a Delphy não encerre a sua fábrica no Seixal? Ou prefere esperar que também aconteça, como aconteceu na Guarda esta semana, para tentar encontrar uma solução? Se o assunto não fosse tão sério, dir-lhe-ia que fez por merecer todas as framboesas que amavelmente lhe ofereci neste texto. Estou certo que mais tarde ou mais cedo, o povo oferecer-lhe-á uma bem grande e amarga.

domingo, maio 20, 2007

Um Conto (lá para 2008)

Em Setembro de 2006, escrevi um artigo no extinto "Notícias do Seixal" e publiquei-o também no "Setúbal na Rede". Entusiasmado com a adesão de leitores amigos que se pronunciaram favorávelmente ao seu teor, fui desafiado por pessoa amiga a inseri-lo no, à altura, novo portal do também novo semanário - "O Sol". E assim criei o nick-name "solícito" e publiquei o artigo. Foi, para surpresa minha, um artigo bastante polémico, visionado e, sobretudo, comentado.
Foi criada uma tabela onde os mais visitados e mais comentados entravam em destaque. Esse post/artigo esteve semanas a fio como o mais comentado e dos mais visitados, de tal forma que tiveram de mudar a metodologia dos blogues em destaque para o tirarem de lá.

É esse post que eu aqui vos deixo. Embora com quase um ano, verifiquem que está quase actual. Espero que gostem! Limitei-me a fazer uma cópia e, se quiserem até podem aceder aos comentários. Alguns muito interessantes e de pessoas com responsabilidades no concelho (embora sob o terrível manto do anonimato).

UM CONTO (LÁ PARA 2008)

O Zé (Povinho) acordou novamente sobressaltado. Aquele verão havia batido todos os recordes. Era o tempo com picos de calor inigualáveis, eram os acidentes de carros em contra-mão (se calhar era melhor adoptarmos as regras dos Britânicos e conduzirmos ao contrário), era o seu despedimento como funcionário público, era a Internet, que, coitado, manifestamente não dominava, mas que o obrigavam a pagar tudo por lá, enfim, era a vida miserável com o Petróleo a mais de 150 dólares o barril a impossibilitar sequer sonhar em pôr um litro de gasolina no seu carro parado há mais de um ano, ou a nova taxa que o governo tinha inventado para pescar, imagine-se, já nem se pode levar o filho ao rio para lhe ensinar a arte milenar de lançar o isco sem que lhe apareça um fiscal à perna a pedir a licença). Coitado do Zé, não podia sair à rua durante o dia por causa do ozono com níveis proibitivos. Já não podia ir passear á serra porque os incêndios tinham destruído tudo. Ia ver o quê? Cinzas? Restava-lhe o subsídio de Desemprego, mas até isso já tinha novas regras. Ainda teria direito? Teria direito a algo que não pagar?

Ainda se lembrava com saudades do ano de 2006. “Saudades, como é possível!!?”, pensou, mas sim, tinha mesmo saudades. Qualquer pessoa diria que aqueles primeiros meses de 2006 não deixariam saudades a ninguém, mas também ninguém sabe o futuro, não é? E não é que aquilo que parecia um pesadelo em 2006 afinal de contas era apenas um presságio do que se iria passar, logo a seguir? “Como é possível?”, repetiu para si mesmo Que saudades que ele não tinha de ver um jogo de futebol do campeonato Português. E de ver as equipas Portuguesas nas competições Europeias, mas desde Setembro de 2006, que a FIFA tinha suspendido o futebol Português do seu seio. Devíamos esse “favor” ao inenarrável António Fiúza, ex-Presidente do defunto Gil Vicente, também ele irradiado, ao Major Valentão e afins. Era para aprendermos, diziam alguns. Só que esses intelectuais não sabem que o futebol, ainda assim, era das poucas alegrias que os portugueses tinham. Falar de quê? Do desemprego, sempre a subir? Do IRS que o Governo tinha prometido que baixaria e que fez sempre precisamente o contrário. Do interior que o Governo tinha feito questão de desertificar de vez ao fechar as poucas escolas, maternidades, hospitais, tribunais, etc, etc.

O País agora era próspero, diziam eles, só os departamentos que davam lucro é que estavam abertos. Hospital que não desse lucro fechava. Doentes? Vão para Espanha, dizia o Ministro. Eles mandam-nos médicos e enfermeiros, nós mandamos-lhes parturientes e doentes. Operações? Já não há lista de espera: fazem-se em qualquer hospital da U.E. E tudo porquê ou para quê? Para pagar o deficit das Finanças Públicas que eles nunca tinham conseguido baixar, aliás, tinham-no aumentado sucessivamente. “Como é possível?”, continuava o Zé desesperadamente a pensar. Tantas medidas, tantos sacrifícios pedidos aos contribuintes, despedimentos na função pública, cortes orçamentais e não conseguiam baixar o seu próprio orçamento? De facto há coisas que o Zé não conseguia entender:”se não conhecia ninguém contente com o desempenho do Governo, se todos estavam de acordo com a sua péssima gestão, apenas atrás do brilho fácil, como conseguia um governo assim sobreviver nas sondagens? Lembrava-se de ter ouvido qualquer coisa a respeito de uma jovem Austríaca de 18 anos, de nome Natasha que tinha ficado cativa do seu agressor durante 8 anos e que quando foi libertada chorava a sua morte. Os especialistas chamam-lhe “Sindroma de Estocolmo”, ou seja, agressor e agredido criam laços tais que o agredido confunde o temor que o agressor lhe incute, aceitando qualquer concessão que este lhe faça como sendo uma grande benesse. Está explicado, o País vive esse sentimento em relação ao Governo, sobretudo ao PS. Quanto pior eles nos fazem, mais agradecidos estamos por não nos terem feito ainda pior. E ainda podem fazer pior? Essa é a questão!

O Zé também estava triste com o que a CDU lhe havia feito. Ainda tinha na memória o que esse partido havia feito ao ex-Presidente da C.M.Setúbal e agora ouvia dizer que iam fazer isso também no Seixal. Não é que gostasse muito do Presidente, ou que tivesse muitos motivos para apreciar a sua obra, mas não está certo, afinal de contas tinha votado naquele Presidente. Que não, diziam os puristas da lei, não se vota em Presidentes! É tudo legal, não há dúvida. Mas é justo? Foi justo quando o mesmo Zé havia votado no Durão Barroso e ele foi para Bruxelas? Não foi, mas aí o povo teve oportunidade de castigar o seu Partido. Com o Carlos Sousa, os Setubalenses tiveram que “gramar” com uma Presidente que claramente não era em quem tinham votado durante quase um mandato inteiro. Sendo assim, o PS da próxima vez pede o Sócrates emprestado e o PSD pede o Cavaco, num qualquer concelho adverso, eles ganham e depois vão-se embora. Gostavam? Mas era legal, sabiam? Aí talvez compreendessem que o que verdadeiramente está em causa: não é se é legal ou não, mas sim se o Povo foi ludibriado ou não.
NOTA DO AUTOR: Este texto é pura ficção, não pretende bulir com a dignidade de nenhum dos citados, nem sequer brincar com a dignidade institucional que o cargo dos citados requer, mas apenas adaptar a realidade conjuntural ao meio, ajudando assim a que se compreenda melhor a situação vivida.

quarta-feira, maio 16, 2007

No meio de nada para lado Nenhum...OTArios


Tento visualizar mentalmente, mas o cansaço não permite. É isto. Ou será algo parecido? Mas certamente que a ideia é esta. Está lá toda. O PSD nacional fez uns outdoors, que certamente os leitores já os viram na rua, que diz algo como isto: "no meio de nada para lado nenhum", querendo significar a falta de rumo deste executivo. Não sei se a mensagem é eficiente, não sei sequer se passa para os cidadãos, sei sim que se eu fosse um dos administradores do consórcio do novíssimo Metro Sul do Tejo estaria seguramente muito incomodado com a mensagem porque mesmo todos sabendo que a mensagem não se destina a esse meio de transporte, nem a esse percurso, diria que se tivessem pago à melhor agência do mundo de publicidade, jamais elas diriam algo tão realista.


A quantas pessoas servirá realmente aquele troço agora inaugurado? A esses privilegiados pergunto: não prefeririam que lhes alugássemos uma limusina para fazerem esse percurso, porque sendo tão poucos e a obra tendo custado tanto dinheiro, certamente que sairia, ainda assim, mais barato ao erário público.

E, no fundo, é isto que incomoda o bom do cidadão. Aquele a quem as notícias aterradoras chegam diariamente. Ele é o facto de termos a maior quebra do poder de compra dos últimos 22 anos. Ele é a maior taxa de desemprego dos últimos não sei quantos anos (segundo o critério mais fiável do INE e não o apontado pelo IEFP que seguramente está correcto mas não se refere ao desemprego real, mas sim às anulações administrativas). Ele é a maior incidência fiscal de sempre. Eles são impostos novos (até para pescar, meus amigos, agora se paga, qualquer dia vamos na rua a caminhar, ou praticando o aconselhável jogging e lá teremos o Sócrates à perna cobrando-nos um qualquer novo imposto). Ele é ainda a terceira (já com os novos aderentes) pior taxa de crescimento da União Europeia. Ele é o Tribunal de Contas a reafirmar que o Governo contratou assessores em excesso, lesando o estado, e afirmando-o em segunda via, já depois de o mesmo governo ter contestado os primeiros números avançados, e perguntamo-nos – então, tantos esforços é para isto?

O que está em causa não é o rigor orçamental, não é uma maior justiça e equidade da máquina fiscal, não é aparecerem impostos novos ou termos impostos que quase “assassinam” algumas actividades como seja a automóvel onde o cidadão para comprar um automóvel paga quase mais de impostos do que pelo automóvel em singelo, mas sim a aplicação do nosso dinheiro. Sim, nosso. Todos nós contribuímos, mas depois não temos sequer uma palavra a dizer.

Depois não compreendemos porquê que o Sistema Nacional de Saúde não contempla a nova vacina contra o cancro do colo do útero. Cada mulher que morrer com um cancro no colo do útero, por não ter tido meios de tomar a vacina será uma vida que o estado está a desperdiçar, e a troco de quê? Se calhar da indemnização monstruosa que vão dar à concessionária do Metro Sul do Tejo pelo atraso no início da circulação de mais de 2 anos. Ou esse dinheiro irá para o TGV? Um país que fecha urgências, hospitais, SAP´s, escolas, por não ter dinheiro, ou supostamente por estas apresentarem resultados líquidos negativos, tentando com essa medida racionalizar meios, mas esquecendo a função de estado social de direito, de Estado gerador de emprego, de corrector das assimetrias, esse mesmo estado já tem dinheiro para se aventurar no TGV?

É tudo uma questão de opção, meus amigos. Se qualquer um de vocês puder ter uma vivenda, com uma piscina, ar livre, espaço para os vossos filhos crescerem saudáveis certamente que não viverá num minúsculo apartamento, rodeado de prédios, respirando o ar da cidade e, com uma quase exclusiva actividade a televisão. Se com as suas economias puder mudar desse minúsculo apartamento, mas tiver de optar entre a tal vivenda, mas sem dinheiro para o resto, como sejam, a educação do filho, saúde, alimentação rica e saudável ou mudar-se para um apartamento ligeiramente maior e melhor, contudo sem piscina, mas com o resto dos requisitos, o que prefere o leitor?

Pois bem, o Estado prefere, com o nosso dinheiro, ir para a vivenda (TGV e OTA) e passar fome. São opções, que temos de respeitar, mas das quais não devemos nunca deixar de as denunciar, porque em vez do TGV, Portugal neste momento teria outras opções estratégicas, suficientes e mais baratas (sabem quantos países da Europa têm o TGV? Procurem a resposta a esta pergunta e talvez se surpreendam), assim como tem melhores opções técnicas e de custo relativamente à OTA, mas inexplicavelmente está-se a comportar como o tal “pobretanas” que mal tem dinheiro para comer, mas que compra a tal vivenda só para a exibir a terceiros. Por isso digo: Não Sejamos OTArios. À OTA devemos dizer não!

Uma última nota: tenho a certeza que quando passarem pelo tal cartaz do PSD todos que leram este artigo até ao fim irão tentar confirmar se a mensagem era a mesma do título deste artigo, pelo que, mesmo que não seja, o meu objectivo estará plenamente conseguido: repararem no outdoor e pensarem na sua mensagem. Desculpem-me a malandrice.

Paulo Edson Cunha in "Setúbal na Rede" - 16-05-2007

segunda-feira, maio 14, 2007

TUDO A NÚ

De agora em diante editarei alguns dos primeiros textos que escrevi no já extinto "Notícias do Seixal". Tudo começou em 2004, era eu director do Centro de emprego e aceitei o convite com a condição imposta pelos meus superiores hierarquicos de não falar sobre emprego e formação e tentar não assumir posições políticas marcantes, o que cumpri enquanto exerci esse cargo.
Deixo-vos com o primeiro artigo publicado. Espero que gostem:

"TUDO A NÚ"

Quando recebi o honroso convite para fazer parte do painel de colunistas deste novo projecto jornalístico a primeira coisa que me ocorreu foi a responsabilidade inerente que passaria a enfrentar.

Confesso, sou um “jornal-o-dependente” assumido. Poucos títulos me escapam, desde os semanários de referência até ao jornal desportivo diário. Claro que não abdico do jornal diário da praxe, da minha revistazinha semanal, que os jornais regionais são passados a pente fino e que, confesso, até espreito um pouco envergonhado as revistas ditas “cor-de-rosa” , ou seja, não há bocadito de papel de imprensa que me escape.

Cresci, instruí-me a aprender muito com os jornais. Luto com o escasso tempo disponível para lêr aquele “artigozinho” que me despertou a atenção e que guardei religiosamente para o fim e, quase sempre, para o fim do dia. Aliás, eu leio os jornais de trás para a frente, porque regra geral os artigos em destaque estão nas primeiras páginas.

Bom, penso que já convenci aqueles leitores que têm a bondade de me continuar a ler que sou, de facto, um “jornal-o-dependete”, o que me leva à questão de fundo: como prender um leitor num artigo de opinião?

Diria que se fosse um Marcelo Rebelo de Sousa, um Santana Lopes ou um Miguel Sousa Tavares, que para além de serem comentadores de fundo, são referências nacionais e podem dar-se ao luxo de escreverem na “Bola” ou no “Público” que são atentamente seguidos, bastaria ao caro leitor saber o autor da escrita para logo se interessar pelo seu conteúdo.

Agora, este pobre coitado, porque é um leitor assíduo de jornais, sabe que, ou fala sobre algo polémico, ou pouco ou nenhum interesse pode cativar nos seus estimados leitores.

Daí este título, em claro plágio com uma estação de televisão que vendo a concorrência a atingir índices de audiência para si preocupantes encheu o País com cartazes em clara publicidade enganosa com esta frase. Porque o fez, pergunta o estimado leitor? Porque está comprovado (não sei se cientificamente, ou não) que o Nú vende.

Certamente o leitor já depreendeu que voltou a cair no logro, pois de nu este artigo não fala nada, mas confesse, o título seduziu-o, não foi? ao que vos direi que apenas o fiz por brincadeira, mas o que verdadeiramente pretendi foi dizer-vos que um artigo de opinião não é um título pomposo, não é aquele em que alguém apenas debita “chavões”, ou feito por “um compilador de opiniões”, mas sim aquele que nos conta uma história, fala sobre a vida, passa-nos uma vivência, ou uma opinião.

Amigos, eu sou esse, quero ser esse que vos promete falar sobre temas da actualidade, do nosso concelho, do nosso país, ou até, quem sabe, da sua história.

Este título visa também titular um contrato que quero assinar com todos vocês, tratar todos os assuntos sem tabús, sem estarem enfeitados com preconceitos, com lindas roupagens, mas que escondam a sua verdadeira essência. Eu assumo agora, vocês cobrarão depois: todos os assuntos que levarem a minha assinatura certamente que estarão TODOS A NÚ!

Nota actual: para quem me tem acompanhado, penso que cumpri a promessa! Tenho deixado "todos os assuntos a nú", ou será que não?

quarta-feira, maio 09, 2007

Ambrósio anda macambúzio...

Era um dia de festa. Daqueles dias de Abril, daquele imemorial Abril de que uma certa esquerda se apropriou indevidamente, mas que é o nosso Abril, o Abril dos democratas, daqueles que defendem o primado do povo contra a opressão, a intolerância, o abuso de direito, sobretudo dos órgãos do estado. Não o Abril que permite que uma Câmara Comunista tenha outdors espalhados pelo concelho, indiscriminadamente, em jardins, rotundas e outros espaços e vá implicar com apenas um cartaz por ser da JSD e por ter uma mensagem que não lhes agrada. Ainda se a mensagem fosse xenófoba ou racista, intolerante ou antidemocrática, ainda se aceitava a decisão dos seus camaradas, mas não! A mensagem apenas pedia à câmara que ela acabasse a obra que indevidamente prometera, ou seja, a Estrada Nacional 10 e agora vinham dizer que é uma estrada a cargo do estado, mas quando prometeram não sabiam já eles isso?
Por isso Ambrósio andava macambúzio naquele dia de festa. Pouco lhe importava que fossem inaugurar o Metro de Superfície se ele não o podia usar. De que lhe servia apanhar o metro em Corroios para sair na Cova da Piedade? Que sentido isso lhe fazia? Nenhum. Perguntava-se a si mesmo porque não vinha o Metro pelo menos até à cruz de Pau? Porque não fazia o interface com o comboio da fertagus e com os barcos do Seixal e de Cacilhas? Pronto, era uma questão de orçamento diziam, mas como podia Ambrósio aceitar as contas que os seus governantes faziam se tinha lido, e ninguém havia desmentido que só pelo atraso no início da exploração, que era de dois anos, a concessionária pedia ao estado milhares de euros que certamente serviriam, por exemplo para o P.M. ter anunciado já um calendário do troço até à Costa de Caparica em vez de se ter ficado apenas pelas intenções (e todos nós sabemos como este P.M. é pródigo em não cumprir as suas promessas).
Ambrósio também não conseguia compreender como é que os seus camaradas, pelo menos publicamente apenas a um mês, ou nem isso, da inauguração da inauguração é que tinham “descoberto” trezentas e tal anomalias, quando era sua obrigação tê-las apontado mais cedo e exercido publicamente toda a pressão junto da opinião pública, de forma a conseguir defender a sua população. Afinal não era isso que tinham conseguido, e muito bem, relativamente à questão do hospital? De que serve a Ambrósio o Metro se, não só não lhe tem utilidade, no troço actual e enquanto não se estender a Cacilhas pelo menos, e se, para cúmulo, desde que foi inaugurado o trânsito automóvel piorou substancialmente nesse troço?
Pois é, Ambrósio anda macambúzio. Já não tem a alegria de outrora. Andava preocupado, triste, mas sobretudo, descrente. Podia ser lá de outra forma? Ele pertencia à velha guarda, um verdadeiro comunista. Acreditava que vivia no Paraíso, sim, o paraíso. Poucos lugares no mundo tinham resistido ao comunismo, mas nós não, orgulhosamente ainda somos um “reduto vermelho”. Só nós, a Coreia do Norte e pouco mais. Quinzenalmente lá ia ele ler um dos 65.000 exemplares do Boletim Municipal que, edição após edição, mês após mês, ano após ano, lhe recordava que o paraíso era na terra e a terra era o Seixal. Ele era a melhor rede escolar do País, era o local mais seguro para viver, era a melhor água, o melhor turismo, o melhor ambiente e, ele, coitado, resignado acreditava. E divulgava. E até tinha uma colecção engraçada para aí umas 20.000 fotografias do Sr. Presidente da Câmara (deste e do anterior) em sessões oficiais ou não, mas que provavam que somos os melhores). E se havia alguma coisa que lhe corresse pior na vida, claro que a culpa era do governo. Tinham sido os malandros dos sucessivos governos os responsáveis. Claro. E para quê discutir se era assim mesmo? Uma coisa o tinha deixado feliz. Era uma vingança: havia para aí um membro do PSD incomodado porque ninguém da oposição (do PS ao PSD, passando pelo Bloco de Esquerda) saía no Boletim Municipal e os seus camaradas no último número tinham mostrado quem mandava. E quem mandava não havia dúvida nenhuma: eram os comunistas. Por isso tinham tido o especial cuidado de tirar uma fotografia à mesa da assembleia municipal e aos seus vereadores, recortando cirurgicamente todos os vereadores da oposição. Era de homens Caramba! com o PCP ninguém se metia!!!
Mas o Ambrósio, coitado, é um crédulo, mas também não se deve abusar da credulidade das pessoas e, há anos que andava cá com uns pensamentos estranhos, que os tinha conseguido expurgar: seria a nossa Câmara assim tão bem gerida? Se assim era, porquê que tinha uma derrapagem financeira tão grande? Porquê que precisava de gastar milhares de euros em propaganda, se o trabalho estava à vista de todos? Porquê que tinha necessidade de “esconder” toda a oposição, desde sempre? Mas se eles eram tão bons, porquê?
E a água canalizada que lhe sabia mal se tínhamos uma rede de tratamentos super-moderna, como era possível? Seria sabotagem do governo? Deste ou doutro qualquer? E os espaços verdes? E as ruas esburacadas? E os bairros sociais? E o PER (Plano Especial de Realojamento) desaproveitado? E o barulho da siderurgia? E os maus cheiros (nauseabundos, por vezes) em alguns locais? E o bairro da Jamaica? E a Baía mais linda do mundo, mas sucessivamente adiada? E..e...e...não! Tinha de expurgar esses pensamentos impuros. Estava decidido, ia comprar uma habitação de luxo, daquelas que os camaradas agora propagandeiam na BTL, talvez já no projecto da Siderurgia. Mas de repente percebeu, não podia! Tinha sido traído. E por quem? Por quem menos esperava. Pelos seus próprios camaradas. Esses agora dedicavam-se a promover empreendimentos para os ricos. Empreendimentos a que nunca teria acesso. Pior. Ele próprio não acreditava que alguma vez na Siderurgia se pudesse construir e viver com qualidade de vida, pois a construção será no segundo maior depósito de nitratos de carbono do País. Será seguro, pensou Ambrósio. E a resposta recorrentemente era NÃO. Pior, ouviu dizer que os malandros do PSD e PS local iam fazer um inquérito para aferir do nível de satisfação dos seus munícipes e a sua grande dúvida era que teria de responder que não estava satisfeito, mas como fazê-lo sem trair os seus camaradas?
Por isso Ambrósio anda macambúzio... e (Nota do autor: tem razões para isso!!!)

Publicado no "Jornal do Seixal", em 05 de Maio de 2007

sexta-feira, maio 04, 2007

“Diz que é uma espécie de contrato de arrendamento..”

Quem vê o programa dos “Gatos Fedorentos” perguntar-se-á como é que eles ainda não se lembraram de satirizar esta situação. Provavelmente porque ainda não a conhecem. Falo-vos do contrato arrendamento que a nossa “mui nobre” Câmara Municipal vai celebrar com a Assimec, relativo ao novo edifício municipal.
E o que tem de tão extraordinário esse contrato para eu vos fazer perder tempo com ele?
Pouca coisa, para eles. Por eles, subentenda-se o executivo e a maioria que o suporta (a CDU). Para mim e para o PSD já não é bem assim, pois estamos a falar de um contrato que custará 153.000 € (30 mil contos) mensais, durante 20 anos. Pouca coisa, dirão alguns. Poupamos em rendas actualmente dispersas, dizem eles. Mas a esse valor, façam o favor de acrescer o IVA, meus senhores, mais as actualizações anuais. Mas não é tudo: porque digo que isto não é um contrato de arrendamento, mas sim apenas uma “máscara” (apenas formal), querendo fazer-se passar por arrendamento quando no fundo é um verdadeiro contrato de compra e venda? Porque efectivamente é esse o objectivo e porque a Câmara obriga-se por 20 anos a assumir este pagamento. Perceberam? Mesmo que por um qualquer motivo a Câmara entendesse não manter o contrato de arrendamento, teria de pagar 30 mil contos x 20 anos. Compreendem-me agora melhor? Mas não é tudo: se quiser comprar, custa pouquinho: apenas 5 MILHÕES DE CONTOS na moeda antiga, ou 24.637,500,00 €. Portanto, sendo minimalista e não apontando outras situações, se a Câmara comprar daqui a 20 anos paga aproximadamente € 70 a 75 mil euros pelo novo edifício. Como o leitor certamente é como eu, distraído com números, e sabendo que o Benfica quer vender o Simão por €20 milhões de Euros, logo nem sequer dá muita importância a estes valores, poer isso chamo-lhe a atenção: estamos a falar em qualquer coisa como 14 a 15 milhões de contos. Com IMI é capaz de chegar mesmo aos 16 milhões de contos.
O que podia a Câmara fazer com esse dinheiro? Cada qual tem as suas opções!!! Eu confesso-vos, a primeira reacção que tive foi de ter ficado incrédulo e pensei que estávamos a falar do novo edifício do Governo ou da União Europeia, agora que até temos um presidente da Comissão Europeia Português e que até é da margem sul. Se o Benfica, que como sabem, é o maior clube do mundo, se instalou no Seixal, porque não podia o Governo ou a Comissão Europeia fazer o mesmo? E aí até tínhamos uma vantagem semelhante à do Benfica, porque quem suportaria o investimento, nem sequer era o Seixal. Mas não, somos mesmo nós que vamos pagar!!! E é mesmo o novo edifício Municipal, não é nenhum palácio, ainda que por este preço, pudéssemos pensar isso!
Depois, ainda não refeito do “choque” provocado por tão assombroso negócio pensei: “a tão falada retoma económica já chegou e, eu, distraído não me tinha apercebido”. Até tive vontade de pedir desculpa por ter tido tão indecoroso pensamento, mas bastou-me uma leitura atenta ao Orçamento de Estado, no caso nacional e Orçamento da Câmara para 2007,para perceber que não, e dissipar quaisquer dúvidas que tivesse - A retoma ainda não chegou, embora continue prometida...mas todos nós de promessas estamos conversados! Portanto, também não podia ser a retoma económica a justificar este negócio.
Mas continuei a pensar para os meus botões:”tem de haver uma explicação, já sei, confundi escudos com euros e não estamos a falar em 5 milhões de contos, mas sim em 5 milhões de euros” pronto, estava desfeito o equívoco, mas mais uma vez não. Procurei na minuta do contrato que me forneceram e lá estava sem margem para dúvidas “ € 24.637,500,00 ou os tais .5 MILHÕES DE CONTOS na moeda antiga.
Finalmente pensei: ” o Sr. Presidente da Câmara, o senhor Vereador responsável pelo pelouro ou os técnicos da Câmara vão explicar-me este contrato (de arrendamento – mas já viram um contrato de arrendamento com estes valores? Só se for nas Repúblicas Árabes, onde até dão 1 milhão euros/mês ao Figo) e fica tudo esclarecido. E ficou: ESTE CONTRATO NÃO SERVE OS INTERESSES DO MUNÍCIPIO, DOS SEUS MUNÍCEPES, “AMARRARÁ” os próximos 5 executivos (20 anos) Tudo faremos por o denunciar.
Bom ano a todos os leitores do Notícias do Seixal.
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Paulo Edson Cunha in "Notícias do Seixal" - Dezembro de 2006