Recupero hoje um texto da Dra. Clara Carneiro, actual Deputada, sobre um tema extremamente actual, inclusive abordado pela Sra. Vereadora Coralia Loureiro, que referiu que não me dava os parabéns porque o Prof Cavaco tinha ganho com uma percentagem muito reduzida de votantes face a abstenção.
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Seixal e Lisboa
Duas cidades abstencionistas
Em todos os actos eleitorais existe um “fenómeno” que não compreendo e, exactamente porque não o compreendo, não o aceito.
Esse “fenómeno” chama-se abstenção!
As desculpas são sempre múltiplas, ou chove ou é verão; ou se está completamente alheado da política ou se apelidam os políticos com qualquer adjectivo pejorativo; ou é fim-de-semana prolongado ou nem sequer apetece procurar o cartão de eleitor…tudo serve para apresentar, a nós próprios, a desculpa… porque a convicção não existe.
As eleições intercalares para a Câmara de Lisboa, na passada semana, foram disto um exemplo relevante, tão relevante quanto indigno.
O rol das “desculpas” lá fez a sua reprise desta vez acrescentado de uma “desculpa” nova: são eleições intercalares!!!
A educação para a cidadania também dá mostras de estar fragilizada, os nossos 33 anos de democracia já nos dão tanta confiança assim?
Será que podemos, devemos e temos o direito de “passar ao lado” de tudo aquilo em que tropeçamos no dia-a-dia?
Não será perigoso não nos fazermos “ouvir” nas raras vezes em que se nos pede a opinião?
Perdoem-me o desabafo…mas, pela minha parte, não tenho confiança em sistemas políticos onde a participação dos Cidadãos se vai esbatendo, acomodando, alheando.
Se os políticos não são “chamativos”…e se o Povo não vota, entramos num ciclo vicioso de difícil resolução onde tanta culpa tem a Política quanto os Cidadãos que descuram os seus mais elementares Direitos e Deveres.
Estas eleições para Lisboa foram o último pior exemplo dado pelos Cidadãos lisboetas (agravado por se tratar da Capital do País), embora nós sejamos chamados a votar na Cidade onde vivemos seja ela de grandes, pequenas ou médias dimensões e independentemente das repercussões nacionais desse acto.
O Seixal e as suas populações podem e devem “aprender” com os maus exemplos e fazer um esforço para que, nas nossas próximas eleições autárquicas, deixemos esta semelhança que nos une a Lisboa e não continuemos a manter a média abstencionista que coloca o Seixal em valores da ordem dos 14% acima da média da abstenção nacional.
Está na hora de, nós Cidadãos, deixarmos de dar a vitória, sistematicamente, à ABSTENÇÃO!
CLARA CARNEIRO
Assembleia Municipal do Seixal (PSD)
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Voltarei ao tema, mas não quero deixar de vos chamar a atenção para este post (http://janaoseinao.blogspot.com/2011/01/o-pelourinho.html) da jornalista Maria do Carmo Torres, directora do Comercio do Seixal e Sesimbra.
1 comentário:
Obrigado pelo link.
Agora é que já não vão ser assinados quaisquer ajustes directos com este jornal...
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