Foi apresentado no passado dia 4 de Junho, tendo sido rejeitado (Favor – PPD/PSD, PCP, CDS-PP, BE, PEV e Deputados não inscritos; Contra – PS) oProjecto de Resolução n.º 488/X/4.ª (PCP), Sobre o perfil do novo Hospital no Seixal, foi votado a 4 de Junho de 2009.
Entretanto, a Ministra da Saúde Ana Jorge anunciou ontem em comunicado publicado no Portal da Saúde, a tipologia para o novo hospital, no qual refere que “as bases para o desenvolvimento do novo hospital assentarão na adopção de um conceito inovador, já com desenvolvimentos noutros países europeus…”concretizando que “ hospital do Seixal será direccionado par a prestação de cuidados de ambulatório, sem internamento, cujo perfil deverá integrar consultas externas diferenciadas… unidade de cirurgia de ambulatório”. Apontando esta unidade hospitalar como em termos de complementaridade e proximidade com os Hospitais: Garcia da Orta – Almada; N.Srª do Rosário no Barreiro e Centro Hospitalar de Setúbal”.
O PSD/Seixal que conta nas suas fileiras com uma das maiores autoridades nacionais nesta área, Dra. Clara Carneiro, antiga "ministra-sombra" para a área da saúde quando o actual Presidente da Comissão Europeia, Dr. Durão Barroso estava na oposição, e actual vogal da Assembleia Municipal do Seixal e candidata como n.º 2 na lista à Câmara Municipal, tem, desde a primeira hora afirmado que é contra esta tipologia do hospital.
Deixo-vos a sua posição publica, assumida em Outubro de 2008, que infelizmente não perdeu actualidade:
…e um hospital para o Seixal
O partido do governo prometeu muito, prometeu demasiadas coisas que não cumpriu e, no “pacote”, também vinha um hospital para o Seixal.
Não gosto de atirar pedras só por atirar, todos os governos vão tendo telhados de vidro, mas há promessas… e promessas.
Este governo prometeu um hospital para o Seixal, porque sim!
Havia muita pressão local, o concelho é muito populoso e já havia (de anos anteriores) um estudo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo que revelava carências nesta área dos cuidados hospitalares, sobretudo nos concelhos do Seixal e Sesimbra. Era, portanto, uma decisão politicamente correcta e ia acalmando os ânimos enquanto durasse essa expectativa nas populações locais; sempre o actual governo fez crer que de um “verdadeiro” hospital se trataria, um hospital que aliviasse a pressão e a quase ruptura que se vive no Garcia d’Orta, em Almada, um hospital que correspondesse aos reais anseios das populações utentes que respondesse em consultas externas, internamentos…quem sabe, até urgências!
Mas isto nunca foi dito…isto foi deixado silenciosamente à intuição dos principais interessados e é exactamente este o ponto que eu critico.
Qualquer governo responsável quando promete, neste caso um hospital, já tem que saber se faz falta, porque faz falta, quais as áreas mais carenciadas, que patologias prevalecem nessa comunidade, enfim que tipologia de hospital vai apresentar no acto da promessa. Aqui foi ao contrário: primeiro a promessa, depois o despacho (publicado a 31 de Agosto de 2006) a criar o grupo de trabalho que iria definir o tipo de hospital adequado!
Por isso, eu nunca acreditei nesta promessa.
Por isso, eu sei que fui “mal olhada” quando fui a única a abster-me na compreensível euforia duma Assembleia Municipal do Seixal, mesmo pelos meus colegas da bancada do PSD.
Infelizmente não estava errada, não aceito que se ludibriem aspirações tão sentidas, afinal o hospital parece que seria só para cirurgias ambulatórias ou para hospital de retaguarda.
Já lá vão dois anos, agora promete-se que até final de 2008 se conhecerá o perfil do hospital e o cronograma da sua instalação.
Aguardemos! Outra campanha eleitoral já por aí se desenha, mas as jornadas de sensibilização e de informação das populações voltam esta semana, em força, para a rua.
O que sabemos é que as tendências da Saúde se desenham obrigatoriamente para os cuidados de proximidade, para o médico de família, para a prevenção das doenças e não para a diferenciação dos cuidados hospitalares.
O concelho do Seixal precisa, nesta área, de uma muito especial atenção porque quase um quarto da sua população ainda está sem médico de família, temos cerca de 50.000 cidadãos sem acesso a cuidados médicos programados e esta situação é que é realmente insustentável.
Já temos no concelho, penso, seis unidades de saúde familiares (USF’s), que cobrem cerca de 72.000 utentes, as listas de utentes por médico foram, assim, alargadas, mas não chega porque dois SAP’s foram encerrados, numa lógica de rearranjo de horas de consulta que ficou muito aquém das necessidades da população residente.
Sem cobrir um apoio de medicina preventiva é claro que o que sobra de recursos às pessoas é a corrida às urgências hospitalares…e é exactamente isto que não pode acontecer, os hospitais são diferenciados, são de medicina de tecnologia sofisticada, são para as verdadeiras urgências, não são para suprir deficiências de medicina familiar que os “entopem”, em prejuízo da doença grave que, inevitavelmente, aí tem que acorrer.
A grande aposta, o grande esforço político tem que se centrar e rapidamente na procura de resposta e de soluções para as pessoas que têm o direito de ver o seu médico a acompanhá-las ao longo da vida, tal como têm o direito a ser assistidas por ele no dia em que adoecem.
Enquanto tal não acontecer, não há hospitais que cheguem!
Ora, a CDU tem repetidamente dito que o PSD é contra o hospital do Seixal, na vã esperança de que se o disser muitas vezes, essa mentira se transforme em verdade e que a população acredite nessa falsa verdade.
O partido do governo prometeu muito, prometeu demasiadas coisas que não cumpriu e, no “pacote”, também vinha um hospital para o Seixal.
Não gosto de atirar pedras só por atirar, todos os governos vão tendo telhados de vidro, mas há promessas… e promessas.
Este governo prometeu um hospital para o Seixal, porque sim!
Havia muita pressão local, o concelho é muito populoso e já havia (de anos anteriores) um estudo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo que revelava carências nesta área dos cuidados hospitalares, sobretudo nos concelhos do Seixal e Sesimbra. Era, portanto, uma decisão politicamente correcta e ia acalmando os ânimos enquanto durasse essa expectativa nas populações locais; sempre o actual governo fez crer que de um “verdadeiro” hospital se trataria, um hospital que aliviasse a pressão e a quase ruptura que se vive no Garcia d’Orta, em Almada, um hospital que correspondesse aos reais anseios das populações utentes que respondesse em consultas externas, internamentos…quem sabe, até urgências!
Mas isto nunca foi dito…isto foi deixado silenciosamente à intuição dos principais interessados e é exactamente este o ponto que eu critico.
Qualquer governo responsável quando promete, neste caso um hospital, já tem que saber se faz falta, porque faz falta, quais as áreas mais carenciadas, que patologias prevalecem nessa comunidade, enfim que tipologia de hospital vai apresentar no acto da promessa. Aqui foi ao contrário: primeiro a promessa, depois o despacho (publicado a 31 de Agosto de 2006) a criar o grupo de trabalho que iria definir o tipo de hospital adequado!
Por isso, eu nunca acreditei nesta promessa.
Por isso, eu sei que fui “mal olhada” quando fui a única a abster-me na compreensível euforia duma Assembleia Municipal do Seixal, mesmo pelos meus colegas da bancada do PSD.
Infelizmente não estava errada, não aceito que se ludibriem aspirações tão sentidas, afinal o hospital parece que seria só para cirurgias ambulatórias ou para hospital de retaguarda.
Já lá vão dois anos, agora promete-se que até final de 2008 se conhecerá o perfil do hospital e o cronograma da sua instalação.
Aguardemos! Outra campanha eleitoral já por aí se desenha, mas as jornadas de sensibilização e de informação das populações voltam esta semana, em força, para a rua.
O que sabemos é que as tendências da Saúde se desenham obrigatoriamente para os cuidados de proximidade, para o médico de família, para a prevenção das doenças e não para a diferenciação dos cuidados hospitalares.
O concelho do Seixal precisa, nesta área, de uma muito especial atenção porque quase um quarto da sua população ainda está sem médico de família, temos cerca de 50.000 cidadãos sem acesso a cuidados médicos programados e esta situação é que é realmente insustentável.
Já temos no concelho, penso, seis unidades de saúde familiares (USF’s), que cobrem cerca de 72.000 utentes, as listas de utentes por médico foram, assim, alargadas, mas não chega porque dois SAP’s foram encerrados, numa lógica de rearranjo de horas de consulta que ficou muito aquém das necessidades da população residente.
Sem cobrir um apoio de medicina preventiva é claro que o que sobra de recursos às pessoas é a corrida às urgências hospitalares…e é exactamente isto que não pode acontecer, os hospitais são diferenciados, são de medicina de tecnologia sofisticada, são para as verdadeiras urgências, não são para suprir deficiências de medicina familiar que os “entopem”, em prejuízo da doença grave que, inevitavelmente, aí tem que acorrer.
A grande aposta, o grande esforço político tem que se centrar e rapidamente na procura de resposta e de soluções para as pessoas que têm o direito de ver o seu médico a acompanhá-las ao longo da vida, tal como têm o direito a ser assistidas por ele no dia em que adoecem.
Enquanto tal não acontecer, não há hospitais que cheguem!
Ora, a CDU tem repetidamente dito que o PSD é contra o hospital do Seixal, na vã esperança de que se o disser muitas vezes, essa mentira se transforme em verdade e que a população acredite nessa falsa verdade.
Devo acrescentar, mais uma vez, o muito trabalho que os nossos deputados têm feito nesta área, no fórum próprio, assim como eu próprio que sou o representante do PSD na Comissão do Hospital, tendo participado activamente em todas as iniciativas de apelo à sua construção.
Agradeço os vossos comentários, para posterior publicação no jornal "Comércio do Seixal e Sesimbra" e, como sempre, poderão fazê-lo igualmente no Blogue "Rumo a Bombordo", do adversário, candidato pelo PS e amigo Samuel Cruz (Aqui)
7 comentários:
Nota sobre as palavras da Ministra Ana Jorge relativamente ao modelo do Hospital do Seixal no novo BLOGUE O Flamingo
A verdade é que a Drª Clara Carneiro votou na Assembleia Municipal sempre contra o Hospital do Seixal... O que demonstra que o PSD é contra o Hospital do seixal!
A verdade é que as coisas nem sempre são lineares.Por vezes temos de tomar em consideração a forma e não o conteúdo. Portanto, Sr. Hugo, não tire conclusões precipitadas.
Digam as mentiras que disserem mas na área da saúde o PSD sempre deu cartas nesta matéria, aliás se hoje existe uma centro de saúde de reconhecida notoriedade em Fernão Ferro, ao PSD se deve! E quanto ao Hospital do Seixal não queremos modelos nem protótipos, queremos isso sim um equipamento e um serviço de saúde que garanta a nossa assistência de forma digna e diligenciosa. O tributo dos nossos impostos merece melhor aplicação numa altura em que projectos megalómanos são anunciados como o TGV e o novo aeroporto.
Morreu Carlos Candal (PS)
Fundador do PS, Carlos Candal sofrera um acidente vascular-cerebral durante a campanha eleitoral do candidato socialista Vital Moreira.
Carlos Candal, fundador do PS, faleceu hoje nos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Nascido a 1 de Junho de 1938, Carlos Manuel Natividade da Costa Candal foi membro fundador do Partido Socialista e deputado por aquele partido na Assembleia Constituinte, na Assembleia da República em diversas legislaturas e no Parlamento Europeu.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi eleito, no ano lectivo de 1960/61, presidente da direcção da Associação Académica de Coimbra, juntamente com Manuel Alegre, José Silva Marques e Lopes de Almeida. Foi a primeira vez, desde a eleição de Francisco Salgado Zenha, em 1944/45, que uma lista de esquerda saiu vencedora na poderosa associação, tendo derrotado a lista de direita, liderada por Cardoso da Costa.
Em 1995, foi cabeça-de-lista pelo círculo eleitoral de Aveiro e enfrentou nessa eleição, entre outros, Paulo Portas e Pacheco Pereira. A disputa desse círculo foi uma das mais polémicas, devido ao "Breve manifesto anti-Portas em português suave", um texto da sua autoria.
Em 2001, Carlos Candal candidatou-se ao cargo de bastonário da Ordem dos Advogados, perdendo as eleições para José Miguel Júdice.
Candal sofrera um profundo AVC durante uma recente sessão eleitoral do candidato do PS ao Parlamento Europeu, Vital Moreira, e nunca conseguiu recuperar.
O funeral, que se deverá realizar em Aveiro, ainda não tem data marcada.
Lusa
12:57 Quinta-feira, 18 de Jun de 2009
A questão do Hospital do Seixal deixou há muito de ser uma questão séria para passar a ser a arma de aremesso da CDU contra o omnipotente e omnipresente Poder Central, porventura para distraír das tibiezas de trinta e cinco anos de poder local CDU.
Sendo uma das quais , e a que nos conduz à situação de carência presente o caos urbano e a explosão demográfica descontrolada.
A discussão das tipologias tem a ver também com outra questão fundamental e que é a localização do Hospital .
Sim , está por discutir e decidir qual a localização do Hospital Seixal-Sesimbra face a 1) reconversão dos terrenos da Siderurgia ; 2 ) CRIPS IC 32 e 3)Ponte Seixal Barreiro.
Tudo o resto não é uma discussão séria do problema. Há-de chegar o dia em que a CDU "Seixal" porá objecções ao modelo dos interruptores escolhidos, ou à côr das paredes do novo edifício , ou , em final de linha, organizará manifestações e vigílias para decidir o seu nome de baptismo.
Enviar um comentário