domingo, maio 10, 2009

SEM MAIS – PAINEL PARALAMENTO – Os mega investimentos e o novo Governo”.

SEM MAIS-JORNAL
PAINEL PARLAMENTO
Deputado Luis Rodrigues
(PSD)
OS MEGA-INVESTIMENTOS E O NOVO GOVERNO

Pergunta: “Como podem ser geridos projectos como o novo Aeroporto Internacional de Lisboa, a Terceira Travessia do Tejo ou o TGV, no quadro de um hipotético governo de bloco central, ou aliança à esquerda" ?


A.R., 6 de Maio de 2009
Resposta:
Este Governo desperdiçou 4 anos de mandato não promovendo sequer o planeamento articulado de todos estes projectos.
A não interligação entre o TGV e o aeroporto na margem sul é apenas um dos exemplos desta desarticulação.
Para o Primeiro Ministro estas mega obras, ou se faziam já e da forma que o Governo decidia, sem qualquer discussão, ou então a catástrofe estaria iminente.
A execução de um Plano Integrado de Transportes, com direito a uma verdadeira discussão pública, deve ser uma prioridade do próximo Governo, independentemente da sua constituição.
Este modelo deve permitir que os próximos governos decidam realizar faseadamente estes projectos quando existir realmente necessidade e quando existirem os recursos para os concretizar.
É inadmissível que o Governo em final de mandato queira tomar decisões que vão retirar a liberdade de decidir às gerações futuras, pelos menos durante 40 anos.
Com a dívida pública a atingir mais de 70% do PIB, a factura socialista hipoteca, em matéria de investimentos, as decisões do próximo Governo.

2 comentários:

Maria disse...

Caro Paulo,

Embora este não seja um dos seus habituais textos, não posso deixar aplicar a primeira frase de Luís Rodrigues ao que se passa no concelho.
“Este Governo – leia-se da Câmara Municipal do Seixal – desperdiçou anos de mandato...”
Foi o que se viu durante anos aqui.
Continuo a defender o muito que o concelho tem evoluído, e ninguém tira o mérito de todo o trabalho que tem sido feito nestas décadas, mas ouvir repetidamente os mesmos projectos para o futuro, que não foram cumpridas durante trinta anos, é demais.
Ler que as propostas da CDU passam pela revitalização da Baia, onde a única intervenção feita foi a retirada da maioria dos esgotos, e deixarem chegar à degradação que se vê a Ponta dos Corvos, local de recreio para muitos, é indigno de qualquer Câmara.
E a desculpa não pode ser a falta de qualidade das águas, porque se não, o Barreiro não teria aplicado o programa Polis e o Samouco não teria as condições que tem agora (com o excelente parque de merendas e equipamentos nas praias).
Parece-me que em vez de se preocuparem tanto com o Hospital, melhor seria resolver a questão de algo que a CDU tem sempre feito como sua bandeira, neste caso, a baia.

Bruno Barata disse...

Num contexto de recessão global desfavorável às exportações e de falta de confiança para o investimento das empresas e para o consumo das famílias (não obstante a baixa dos preços e os estímulos fiscais), o relançamento da economia e a promoção do emprego depende, fundamentalmente, do reforço e da aceleração do investimento público. Foi essa a lição da resposta keynesiana à Grande Depressão, é essa a estratégia recomendada pelos mais reputados economistas, como o Prémio Nobel Paul Krugman, e é esse o caminho que tem sido seguido na Europa e em todos os países desenvolvidos. Contra aqueles que, à direita, por puro preconceito ideológico, propõem um corte brutal no investimento público e preferem a atitude resignada de nada fazer, o PS dá uma resposta clara: o investimento público é necessário e é urgente.