sábado, maio 09, 2009

1.º Encontro do Poder Local Democrático - Um Projecto de Rosto Humano

Teve lugar sábado passado, dia 9 de Maio o «1.º Encontro do Poder Local Democrático - Um Projecto de Rosto Humano», que visa reunir os actuais eleitos das autarquias locais e outros que já deixaram de exercer funções. Em cima da mesa vão estar os 35 anos de Poder Local Democrático em Portugal.

A intervenção (excelente, aliás) do PSD ficou a cargo do Vereador Seabra, numa homenagem ao nosso autarca há mais tempo em funções.

Foi também uma forma de a Comissão Política da Secção do Seixal homenagear na pessoa do nosso actual vereador, todos os autarcas social-democratas que ao longo dos anos têm defendido o nosso partido neste concelho.

Conforme prometi, deixo-vos essa intervenção.


Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal do Seixal
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal do Seixal
Exmos. membros da Mesa
Caros autarcas e ex-autarcas
Em primeiro lugar, não posso deixar de salientar, neste momento, o nosso regozijo por finalmente ver concretizado, de facto, o que há muito o Partido Social Democrata repetidamente reivindicava, o do reconhecimento público da importância que é devida a todos os autarcas pela forma como ao longo destes 35 anos de democracia do poder local, desempenharam um papel de intervenção activa e permanente, muitas vezes não compreendida, na defesa dos interesses e direitos das populações que os elegeram.
E se é certo que entendemos que o enquadramento do mesmo se devia concretizar em cerimónia própria integrada nas comemorações de um Aniversário do Concelho, pela ainda maior dignidade e simbolismo que decerto tal facto concederia ao acto e aos objectivos que o mesmo consagra, é importante que este ocorra hoje e aqui, porque há muito já tardava.
O Partido Social Democrata sempre teve uma única forma de encarar o papel, responsabilidades e competências que aos autarcas cabe desempenhar no quadro institucional nacional.
Por isso, os princípios e os objectivos que nos nortearam nesta matéria, desde a implementação da Democracia em 1974, sempre foram no sentido do seu fortalecimento e reforço, possibilitando que a cada momento, mais célere e ampla possa ser a resposta dos autarcas aos enormes desafios com que diariamente se debatem.
Não será pois de estranhar que convictamente entendamos, que se torne imperativo, tendo em conta o tipo de necessidades e interesses em causa, que a nível do poder local se procure encontrar de forma objectiva entre as várias forças politicas em presença, linhas convergentes de acção pragmática, visando a resolução dos problemas básicos, mas concretos e sensíveis, com que as populações se debatem, encontrando soluções exequíveis mas de impacto imediato em áreas de primordial importância, como sejam, a educação, a saúde, a social, a mobilidade nas suas várias vertentes, o ambiente e o ordenamento do território, mas sempre tendo como quadro de referência não sujeito a cedência de qualquer espécie, um elevado nível de qualidade de vida e um modelo de desenvolvimento económico equilibrado e sustentável.
Por esse motivo, há neste patamar do poder politico local, que saber em cada momento gerir aquilo que são as chamadas maiorias conjunturais e/ou pontuais, não no sentido de quem as usufrui ter de abdicar dos seus projectos, programas políticos e compromissos pelos quais foram eleitos, mas numa procura permanente de melhores soluções para os problemas, as quais muitas vezes só se tornam possíveis através do diálogo, da reflexão conjunta, da troca de toda a informação que exista sobre as matérias em apreço, pelo aproveitamento de todas as mais-valias e contributos que as possam enriquecer e torná-las mais sólidas e válidas, sempre mas sempre, visando o interesse autárquico e das suas populações.
E é exactamente este ponto, entendemos e sempre o afirmámos, que falta tornar-se realidade neste Concelho.
Temos consciência, e sempre o reconhecemos, que todos somos poucos para em conjunto reflectirmos e analisarmos os tais desafios que cada vez com maior intensidade e complexidade as autarquias se debatem. Por isso, dia a dia, ganha maior acuidade a necessidade de se encontrar em conjunto as melhores respostas para os ultrapassarmos, sem receio de se abdicar aqui ou ali, com humildade democrática, de uma maioria que se dispõe, por que essa – – essa sim – ao contrário dos desafios, problemas e carências é sempre mutável.
Caros amigos autarcas e ex-autarcas:
Todos nós sabemos o muito que cada autarca dá á comunidade pela qual é eleito, através do desempenho dessas funções, sempre de uma forma intensa, abnegada e esforçada, a maior parte das vezes com prejuízo da sua vida pessoal, da família, do seu tempo de descanso e lazer e porventura até da sua vida profissional.
E quantas vezes de uma forma pouco compreendida pelas populações, que com esse trabalho directamente beneficiaram.
Muitos já não estão entre nós, infelizmente. Para eles o preito muito sentido do nosso agradecimento e homenagem.
Para todos os outros sem qualquer referência ou descriminação em particular, um grande abraço de muita amizade, solidariedade e de reconhecimento do Partido Social Democrata.

2 comentários:

Anónimo disse...

Este encontro mais parece uma festa da CDU!Porque razão não está ninguém do Governo representado? Governo este responsável pelo de que muito bom se tem feito na margem sul, provando que não é um deserto nem cá vivem camelos!

Anónimo disse...

O Governo não deve nem pode estar representado porque não é Poder Local e muito menos Democrático