sexta-feira, maio 29, 2009

Oportunidade (perdida)

Esta semana voltei a escrever para o "Jornal do Seixal".
Fi-lo com muito gosto, pois, é preciso não esquecer que acompanho esse projecto desde o seu nascimento.

A Crónica que vou transcrever, foi, por motivos editoriais (espaço) dividida em duas.
Neste espaço, respeitarei essa ordem e, por agora, apenas publicarei a mesma parte impressa em papel de jornal.


"Oportunidade (perdida)"

Sou um cidadão comum. Vivi em Miratejo muitos anos. Apanhei transportes, indignei-me com o cheiro nauseabundo que por vezes vinha (e ainda vem) da ETAR, horrorizei-me com os ratos e baratas que ainda hoje lá existem.
O Moinho de Maré é uma referencia para mim. Infelizmente está fechado para obras há tanto tempo quanto os campeonatos que o Benfica não ganha ( e entretanto até já ganhámos um).
Ansiei pelo novo centro de saúde de Corroios e temo esperar tanto tempo pelo novo hospital.
Uma vez apresentei uma moção na A.M. para esse órgão instar o Governo a abrir o troço de Corroios na A2 e a bancada da CDU caiu-me toda em cima, porque era uma situação já concretizada, no entanto, ainda hoje as gentes de Corroios, Cruz de Pau, vale de Milhaços, Miratejo e afins, ou sai em Almada, ou no Fogueteiro. Explicam-me a lógica?
Quis aprovar medidas para atenuar a crise para as pessoas carenciadas, sobretudo os reformados (para medicamentos), arrendamento jovem, bolsas de estudo, ajuda no pagamento da água e respectivas taxas e, ou negaram, ou vieram “fingir” que concediam.
Ainda hoje tento compreender quem foi a mente brilhante que projectou as acessibilidades de zonas como santa Marta do Pinhal, mas ou essa mente é muito brilhante para mim ou é mesmo o que eu estou a pensar: Falta de visão estratégica com claro prejuízo da população.
Tento compreender como é que a C.M.Seixal tem ainda tantas AUGIS por resolver, com questões dramáticas para as suas populações e não consigo compreender. A solução passa por a C. M. Seixal assumir esses dossiers junto das respectivas associações de Moradores e só largar esses processos com as respectivas aprovações.
Ainda hoje tento perceber se o paraíso que o Boletim Municipal nos serve quinzenalmente, com a colecção de fotos do Sr. presidente da Câmara, alguma vez acontecerá. Mas para ficção recomendo vivamente. Como eu gostaria de viver naquele Seixal que nos apresentam...
Bem sei que aparentemente a mensagem das diversas oposições não tem passado. Bem sei que este “Click” ainda não foi feito. Até agora. Algo me diz que a população está atenta ao nosso trabalho e vai premiá-lo. Algo me diz que a população está atenta, sobretudo, ao trabalho de quem gere a Câmara. E quando digo que está atenta a esse trabalho, trata-se de uma força de expressão, pois todos sabemos, todos vemos, que sobretudo nos últimos tempos esse trabalho tem sido bastante insuficiente. E não acredito que a população hoje em dia se deixe contentar com obras de última hora, rotundas, micro-rotundas e tentativas de jardins e tapas-buracos, que não foram feitos em 3 anos e meio e nos últimos seis meses de mandato nos entram pelos olhos dentro.
Vamos a factos: A população do Seixal, ao contrário do que se diz, e do que parece, não é maioritariamente comunista. Diria que é maioritariamente comodista, se me permitem o trocadilho. A culpa, como habitualmente digo, não é da população, mas sim da oposição, pois se as pessoas se têm resignado a não ir votar, constituindo uma imensa maioria de abstencionistas, que vai permitindo a este executivo manter o poder, do qual pouca gente parece gostar da sua actuação, então é porque as pessoas ainda não perceberam uma coisa essencial em política: não é indiferente terem o presidente da Câmara do partido A, B ou C. Não é indiferente ser o Paulo, o Alfredo ou o Samuel. Cada um de nós transporta consigo propostas, formas de ver as coisas, formas de gerir meios e recursos humanos. Não é indiferente porque cada um deles (de nós), com as suas respectivas equipas transportam consigo opções vitais para a vida de todos nós. E por isso é importante o seu voto. Mesmo que não seja no meu partido. Todos precisamos de saber que ganhou A, B ou C, mas não a abstenção. Senão fica sempre o amargo de pensar para onde foram mais de 60.000 votos. Para onde iriam. Há 4 anos, a CDU ganhou com 24.000 votos. Nós somos 170.000 pessoas e votam cerca de 120.000. Isso é mesmo uma maioria? É preciso mudar, porque o Seixal Merece Melhor

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem

Anónimo disse...

No Seixal o dinheiro tem de ser usado para os dois Boletims municipais: um com os feitos do presidente e o outro com os anúncios da camara.
Quem me explica porque é que a edição jo jornal do seixal tem QUATRO anuncios da camara e os outros jornais não têm nenhum???
Não há concursos, nem equidade???