Esta semana o tema da semana escolhido, vem na sequência de uma carta, com imagens, que de seguida juntarei, assim como de notícias, cada vez mais frequentes, de abates de árvores, classificadas ou não, por parte do executivo da Câmara.
Dito por outras palavras, tem sido cada vez mais frequente lermos, ouvirmos, ou vermos, situações em que a Câmara Municipal do Seixal é acusada pela população de estar na base dessas decisões.
Certamente que algumas desculpas hão-de ter para apresentar e, é esse o desafio que lanço aos seus defensores.
Mas isto leva-me a uma outra pergunta deveras intrigante e, que também tem sido amiúde discutida: Onde andam "Os Verdes", ou melhor, o "Partido Ecologista «os Verdes»", pois se a população votou numa coligação (CDU) que se submeteu ao escrutínio municipal, representada pelo "Partido Comunista Português" e pelo "Partido Ecologista «Os Verdes»" e, estando a falar de eventuais lesões ambientais (algumas até bem graves) ao longo de todo o mandato, será legítimo perguntar onde andam esses arautos dos defensores da natureza. Pelo menos, por que não se manifestam.
Se eles continuarem a não aparecer, será legítimo pensarmos que, ou não existem e essa coligação (CDU) foi um logro à população do Seixal, ou existem e são incompetentes.
Dão-se alvíssaras a quem os encontrar...
Entretanto, deixo esta carta que simpaticamente me foi enviada, com o pedido expresso de lhe ajudar a dar um encaminhamento á situação, o que me leva a reflectir que, cada vez mais, a população do Seixal reconhece no PSD Seixal um interlocutor válido, sério e competente, para que tente, em nome dessa mesma população, ajudar a resolver o que a Câmara não resolve, ou pior, complica.
Exmo Dr. Paulo Edson Cunha, Venho por este meio dar conhecimento dum acto contra a natureza perpetrado no Concelho do Seixal, Freguesia de Corroios, mais precisamente em Miratejo. Foi selvaticamente abatida um árvore da borracha. No inicio do ano, em Janeiro de 2008, tínhamos feito uma exposição á Câmara, através dos Serviços Online, explicando que esta árvore que existia há 30 anos tinha atingido grandes dimensões e ramos pelos quais as crianças subiam e perturbavam a privacidade de alguns Condóminos. Solicitávamos aos Serviços de Espaços Verdes Urbanos a analise da situação e sugestões para a resolução deste problema. Friso, mais uma vez, que a árvore foi plantada no logradouro do prédio, por uma Condómina que veio de África, há cerca de 30 anos. Portanto, não era pertença / responsabilidade da Câmara.Deste acto contra a natureza gostaria de apurar responsabilidades. Espero que os Serviços Camarários sejam mais zelosos do que foram em relação ao meu pedido de Janeiro de 2008 pois o resultado foi o abate da árvore no passado dia 6 de Novembro de 2008. Não foi a única aqui em Miratejo - nesse dia os Serviços Camarários (ou a empresa que por eles foi contratada para manutenção de espaços verdes) cortou a eito muitas árvores: choupos, Árvores da borracha (pelo menos mais uma) e deixou a rua numa desolação.... Sem mais de momento, subscrevo-me atentamente
penso que a carta, e as imagens são elucidativas.
Como habitualmente poderão comentar até quinta-feira, para poder ter o seu comentário no jornal ou, no tem escolhido pelo meu colega de rubrica, Vereador Samuel Cruz, no Blogue "Rumo a Bombordo" (Aqui).
Votos de bosn comentário
2 comentários:
É completamente barbara esta situação.
Quando todos os dias vemos nos meios de comunicação campanhas para preservarmos a natureza, e combatermos a todos os níveis o abate das arvores.
A câmara do seixal sem qualquer justificação vai contra toda a politica ambiental e limita-se a resolver um problema abatendo as árvores.
O que é mais lamentável é que o abate nem sequer é feito respeitando a legislação existente, exemplo disso é sem dúvida as imagens apresentadas neste post.
Dr. Paulo cunha mais uma vez pedimos-lhe que denuncie e tente apurar os responsáveis desta barbaridade.
Temos defendido no blogue a-sul a protecção do ambiente como valor transversal a todos os partidos e não exclusivo de um "partido ecologista" , sobretudo por um que nem partido é .
Um ¨partido ecologista" que nunca concorreu isolado a eleições e que continua, com cobertura mediática como a maior farsa viva da politíca portuguesa, confirmando que continuam actuantes as células do PCP nos orgãos de comunicação.
Citando a própria criadora de "Os Verdes" , Zita Seabra, narrado na primeira pessoa :
" O PCP ia criar um partido verde para se aliar a si próprio, o que além do mais trazia outras vantagens politicas (...) estas eram questões que mobilizavam os jovens. Por isso tinhamos que registar o nome rápidamente. Registámos a correr as duas palavras essenciais : ecologista e verde.
Controlada directamente pelo camarada Cunhal para esta tarefa de criar o Partido Ecologista «Os Verdes», meti mãos à obra. O José Casanova tratava dos aspectos logisticos (...). Pediu-se a todas as organizações distritais para procurarem camaradas firmes que se interessassem por coisas verdes, ecologia, natureza, etc. Mas que fossem firmes (...) De Setúbal veio Maria Santos, que foi depois deputada durante vários anos e que abandonou «Os Verdes» ao mesmo tempo que eu abandonava o PCP (...) .
Veio também Herculano Pombo , ligado a organizações da natureza do Norte de Portugal, que saíu com Maria Santos para o PS e foi vereador em Sintra. Criaram-se «Os Verdes» em 1983, integrando primeiro a APU e, com a saída do MDP, a CDU. O PCP deixou de fazer coligações com o que restava do MDP, verdadeiramente em extinção, para se aliar a este novo projecto que achávamos cheio de perspectivas para o futuro. No entanto « Os Verdes» nunca conseguiram descolar desse selo inicial e nunca foram um movimento ou um partido autónomo capaz de trazer gente diferente e nova para uma aliança com o PCP, nem de enriquecer a esquerda com uma frente de causas ambientais.
O PCP tinha medo que lhe fugissem ao controlo, mas se assim não fosse nunca representariam qualquer mais valia para a esquerda portuguesa. Os Verdes portugueses em nada se comparam com os verdes alemães (...).
«Os Verdes» elegeram logo no início , dois deputados, como acontecia com o MDP, e o seu funcionário passou a ser o funcionário do grupo parlamentar . Dois era o número mínimo de deputados para terem estatuto de Grupo Parlamentar na Assembleia da República. Uma vez que eles não tinham experiência parlamentar, fui então, além de sua controleira, co-redactora de iniciativas legislativas verdes. »
Mais palavras para quê?
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