Sou, desde sempre, um critico do nosso Primeiro-Ministro, Eng (?) José Socrates.
Não. Não é por ele ser do PS, nem por qualquer outro motivo que reputo de menor, mas sim porque não aprecio pessoas de carácter duvidoso. E o carácter dele hoje em dia, pelo menos para mim, não é duvidoso.
Tenho certezas bem definidas. E não são boas. E isso é que é preocupante.
As histórias que sempre vieram a lume sobre a sua conduta, com muitas provas, que mesmo não podendo ser aproveitadas judicialmente (e o aproveitamento da prova material para fins jurisdicionais tem cambiantes que a razão desconhece) têm sido amplamente comprovadas, através de provas irrefutáveis apresentados pelo chamado "4.º poder", ou seja, pela comunicação social e que o Sr. Engenheiro tão sabiamente tem tentado anular.
Falo por exemplo das escutas. As escutas, com todas as cambiantes que o direito permite discutir, são indiscutíveis num ponto: tornam conhecido de todos nós a "matáeria" do que esta malta que nos governa é feita.
Usei conscientemente a expressão "esta malta" pois depois de ter ouvido, ou lido, o que foi dito pelos interveninentes no caso "casa pia" (ainda se lembram da linguagem, dos protagonistas e dos factos?), do apito dourado (ainda há dias coloquei no blogue as escutas que estão na net) e agora do caso "face oculta", leva-me a pensar que o melhor tratamento que os nossos governantes nos merecem é "aquela malta", estando a "anos luz" da linguagem deles, inclusiva a referirem-se ao Chefe do Estado ou à líder da oposição.
Bem, mas a linguagem que o nosso primeiro, o Sr. Pinto da Costa, O Sr. Major Valentim Loureiro, O Sr. Pinto de Sousa (o da arbritagem, não confundir com o nosso Primeiro), o Sr (será Dr.?) Armando Vara e quejandos usam é menorizada pelo que fazem.
E quem o diz não sou eu, mas sim Agentes da Polícia Judiciária, Magistrados do Ministério Público e Juízes de Instrução. Em qualquer um dos casos de que falei.
Bem, mas no "Face Oculta" então, as provas são irrefutáveis e se juridicamente o Sr. Procurador-Geral e o Sr. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça tomaram decisões de que os deviam envergonhar e fazer tomar agora as devidas consequências, já no que tange á situação política, estou certo que se estivéssemos perante um homem de carácter, depois destas escutas terem vindo a público, o nosso Primeiro-Ministro só tinha uma saída - sair com dignidadade, demitindo-se.
A vida de facto não está fácil para José Sócrates. Esteve quatro anos a pedir sacríficios aos Portugueses em nome do Pacto Estabilidade e agora temos um défice (9,3%) ao nível da Grécia que está na bancarrota. Portugal nesta semana perdeu o crédito que ainda lhe restava perante os investidores estrangeiros e, estamos á beira do precipicio.
Na mesma semana, somos confrontados com a tentativa de silenciamento de Mário Crespo, depois de já ter conseguido silenciar José manuel Fernandes do "Público", tentar silenciar "Marcelo Rebelo de Sousa" da RTP, tê-lo feito com Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz na "TVI" e de todos os casos menores que nem conhecemos.
Tudo misturado com o tal "plano que se concretizaria através de uma rede instalada nas grandes empresas e no sistema bancário" e que "recorria até a prestação de informações falsas às autoridades de supervisão"
Quem o diz? eu? não os titulares do processo.
Estamos bem entregues!
Perante isto, demita-se Senhor Engenheiro!
1 comentário:
Desta vez só posso concordar consigo. Aliás, já tive oportunidade de escrever sobre este assunto n'O Flamingo.
Tenho dito.
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