86º aniversário da Polícia de Segurança Pública de Setúbal

Comando Distrital de Setúbal da PSP

Procurar soluções para os graves problemas de segurança que persistem no distrito

. Continua o diálogo para instalação de uma esquadra no Barreiro Velho

. Divisão da PSP do Seixal carece de novas instalações

O Barreiro recebeu, hoje, as comemorações do 86º aniversário da Polícia de Segurança Pública de Setúbal, acção que decorreu com vários momentos e culminou com a Sessão Solene no Auditório Municipal Augusto Cabrita.

O Superintendente José Poças Correia, comandante do Comando Distrital de Setúbal da PSP, sublinhou que no ano 2012, comparativamente a 2011 – “a criminalidade geral desceu cerca de 5% e a violenta e grave também reduziu cerca de 17%”.

Em 24 de Fevereiro de 1927 foi criado o Comissariado da Polícia de Segurança Pública de Setúbal – “é já um longo caminho percorrido com dedicação à causa pública. Olhando para trás e embora conscientes do muito que ficou por fazer, fica a sensação do dever cumprido com muito empenho, trabalho e determinação” – referiu José Poças Correia, comandante do Comando Distrital de Setúbal da PSP.

PS desenvolve formas de apoio social

“A profunda evolução que se tem verificado ao nível sócio-económico mas também demográfico, na nossa área de jurisdição, tem obrigado a Polícia a uma permanente adaptação para enfrentar os novos desafios criminógenos, ao mesmo tempo que é convocada para criar e desenvolver novas formas de apoio social, tão bem espelhadas nos diversos programas de policiamento de proximidade” – sublinhou o comandante do Comando Distrital de Setúbal da PSP.

Novas instalações no Seixal

Recordou, José Poças Correia, que – “o programa de reestruturação das forças de segurança levado a cabo em 2008, originou um aumento da nossa área de responsabilidade em mais de 60%, a que correspondeu um acréscimo de 69.293 habitantes, ou seja 11% da população”.

Referiu que o processo de reestruturação originou a criação de uma nova subunidade intermédia, a Divisão do Seixal e várias subunidades, como a Esquadra de Corroios e a Esquadra da Baixa da Banheira, no concelho da Moita.

Uma esquadra no Barreiro Velho

O Comando Distrital de Setúbal da PSP. sublinhou a necessidade de existirem novas instalações para a sede da Divisão do Seixal, e deu relevo ao diálogo que existe com a Câmara Municipal do Barreiro, tendo em vista a criação de condições para a reinstalação de uma esquadra no Barreiro Velho.

~”Apesar das carências apontadas e estando cientes das enormes dificuldades que o país atravessa, tudo faremos para assumir em pleno todas as nossas responsabilidades, compensando as carências com uma dose acrescida de motivação e de empenho com vista a superar todos os desafios com que diariamente nos deparamos” – referiu José Poças Correia.

Criminalidade valor acima da média nacional.

O Comando Distrital de Setúbal da PSP sublinhou que o índice de criminalidade no Distrito de Setúbal apesar de ter baixado dos 12,96% em 2011, tem um valor acima da média nacional.

José Poças Correia, apontou a necessidade de “ser exigente com nós próprios e ser proactivos na procura de soluções para debelar os graves problemas de segurança que ainda persistem neste distrito”.

O Superintendente José Poças Correia, sublinhou que no ano 2012, comparativamente a 2011 – “a criminalidade geral desceu cerca de 5% e a violenta e grave também reduziu cerca de 17%”.

Comandante da PSP de Setúbal lamenta condições de esquadras e quer mais meios

O comandante distrital da PSP de Setúbal, José Poças Correia, afirmou hoje que existem esquadras no distrito com deficientes instalações e solicitou mais meios humanos e materiais, num distrito com um índice de criminalidade acima da média nacional.

O comandante, que falava nas comemorações do 86.º aniversário do Comando Distrital de Setúbal da PSP, no Barreiro, lembrou que a reestruturação das forças de segurança em 2008 aumentou a área da PSP em mais de 60% e obrigou a criar novas unidades e subunidades.

"A reestruturação originou a criação de várias unidades e subunidades, mas nem sempre foram acauteladas as melhores condições de instalação e funcionamento, o que se traduziu nas deficientes instalações quer na divisão do Seixal, quer na atual esquadra de Corroios. Aguardamos a todo o momento que as novas instalações desta última sejam disponibilizadas, pois os profissionais bem o merecem", referiu.

José Poças Correia disse ainda que a PSP gostaria de ter novas instalações para a sede da divisão no Seixal e que no Barreiro estão em diálogo com a autarquia para a reinstalação de uma esquadra no Barreiro Velho, na antiga sede de divisão, mas é necessária "uma profunda remodelação".obre os meios humanos, o comandante apontou que "são escassos e seria conveniente que o seu reforço fosse equacionado", em especial com chefes e oficiais, defendendo também um reforço de equipamento de ordem pública e viaturas.

"Além das viaturas serem antigas, o que provoca elevados custos de manutenção, são inadequadas para o cumprimento de missões de manutenção de ordem pública", explicou, assegurando que, apesar das carências, a PSP "tudo fará para assumir as suas responsabilidades".

Em relação à criminalidade, o comandante salientou o elevado índice do distrito de Setúbal, apesar de números que mostram uma redução em anos recentes.

"Em relação a 2011 a criminalidade geral desceu 5% e a violenta e grave também reduziu cerca de 17%. Em termos de proatividade policial tivemos um acréscimo de 57%, o que é deveras assinalável", disse.

José Poças Correia destacou ainda os 97 crimes de resistência e coação contra agentes da autoridade em durante o ano de 2012.

"Trinca e cinco dos casos corresponderam a agressões a agentes que implicaram um total de 192 dias de baixa médica aos agentes envolvidos", disse.

O diretor nacional da PSP, Paulo Valente Nunes, esteve presente na cerimónia e lembrou que os portugueses "esperam muito da PSP”, mas que compete á polícia defender a sua “credibilidade".

"Depois de um primeiro ano dedicado aos recursos humanos, este segundo ano servirá para criar melhores condições nas instalações policiais, mas também para abrir perspetivas de progressão na PSP", defendeu.

Paulo Valente Nunes destacou ainda a importância da relação da polícia com os cidadãos para conseguir resolver problemas.

"A partilha de informação e a ação concertada são hoje elementos indispensáveis para uma adequada análise da criminalidade e para o sucesso de investigações criminais, reforçando o sentimento de segurança dos cidadãos", explicou.

LPC