Fontes bem informadas, mas anónimas como convém, garantem ao subscritor deste documento que a ASAE (quem não a teme??) tem andado a investigar a actividade exercida nesse local de culto. Com o processo de informatização entre os diversos sectores do Estado cada vez mais aperfeiçoado parece que o Ministério Público está atento ao que se passa, pois, dizem-nos (e nós acreditamos) que o seu proprietário e grande impulsionador terá de se refugiar num qualquer Pais onde o crime que dizem que cometeu não seja ainda punido. Mais grave, toda a família, amigos e até alguns conhecidos que frequentam esse espaço também serão alvos de grandes represálias por parte dessas entidades supra referidas.
Ao que se sabe, já há muito tempo que a ASAE tem acompanhado a situação, ficando confusa com o facto de as pessoas (muitas) acompanhadas de crianças, todas elas bonitas, saudáveis, felizes, aparentando estarem numa situação de vida aceitável, se dirijam a esse local, por vontade própria, munidas de excelente disposição, coisa rara nos dias de hoje e saiam do mesmo local muitas (mas muitas mesmo) horas mais tarde e, pasme-se, ainda mais satisfeitas e felizes.
Para as autoridades, num País que vem atravessando uma profunda crise económica, conjugada com os naturais efeitos provocados por essa crise económica, como sejam a “cara feia”, má educação característica de quem está de mal com a vida, pouca vontade de se divertirem, etc, é extremamente estranho e, sobretudo bastante revelador para essas mesmas autoridades que no “Mandu´s Bar” ocorra o inverso.
Mais, mesmo após aturadas investigações não se vislumbram entre os seus membros quaisquer outras características do nosso bom povo, como sejam serem “comezinhos”, invejosos, indisciplinados, abusadores. Nada. As autoridades, revelou-nos igualmente a nossa fonte, procuraram, inclusive através do recurso a escutas telefónicas e gravações de vídeo.
Para agravar esses indícios, sabe-se que no passado Sábado, dia 23, ocorreu mais um encontro desse grupo de amigos, com evidentes e preocupantes sinais (para as autoridades).

Antes de mais, torna-se evidente que, com total impunidade e tranquilidade por parte dos membros mais antigos, o grupo de suspeitos está a crescer, sem que haja o mínimo de indícios sequer de esconderem esse facto. Mais grave se torna a situação, quando se sabe que devia haver, no mínimo, um certo decoro dos seus membros, pois se grande parte da população vive infeliz, fazendo gala de não conviver muito com os amigos, ou de nem sequer os ter, de não dançar, conversar, ou qualquer outra actividade lúdica, como podem estes indivíduos terem esta distinta “lata”, perguntam as autoridades(?).
Por fim, sabe-se que o casal Prata, aparentemente no caminho da salvação, pois faltou ao encontro, ainda assim, será também ele incriminado pelas autoridades, na medida em que foram apanhadas comprometedoras escutas telefónicas onde estes anunciavam ter chegado bem ao seu destino de férias e que queriam mandar um abraço a todos os presentes. Coitados, com esse telefonema, as autoridades terão um importante meio de prova.
Outro casal, os Faria, mesmo tendo em conta que chegaram mais tarde e saíram mais cedo e que contam no seu seio com um excelente advogado, ainda assim, nunca conseguirão uma absolvição, na medida em que a acusação que incidirá sobre todos é demolidora: O bocado de tempo em que eles lá estiveram, foi muito bom para todos e, nestas coisas conta mais a qualidade do que a quantidade.
Apurámos igualmente, e para finalizar, que o casal Leo, Maria Helena e filhos, mesmo alegando que apenas foi levar o presente dos aniversariantes, não terá como negar às autoridades que só com grande amizade e cumplicidade é que produziriam um presente tão bonito (feito pelo Leo), muito menos conseguirão explicar o motivo pelo qual dançaram, conversaram, comeram e beberam, perfeitamente integrados no grupo. Para a próxima ao menos finjam que não estão a gostar, mas segundo as nossas fontes, já não conseguirão safar-se da acusação.
Aos novos membros do “Mandu´s Bar” (casal Cohen, casal Ferreira, mas rebaptizado de faria II e casal Centeno), esses também não conseguirão provar que não gostaram, que não se divertiram, que não dançaram, conversaram, nadaram, comeram ou beberam, pois as provas do contrário são irreversíveis e extremamente comprometedoras.
A acusação de que todos seremos alvo, diz-nos a fonte, é que não cumprimos o estipulado numa regulamentação aprovada há pouco tempo pelo governo, mas mantida em segredo: NÃO PAGÁMOS O IMPOSTO DA FELICIDADE.
O Dr. Serra Coelho e a família terão seguramente uma pena agravada, pois para além de tudo ainda fomentam o crime de que seremos todos acusados ao nos receberem da forma excessivamente amiga que os caracteriza que, aliás, já é internacionalmente conhecida.