quinta-feira, setembro 30, 2010

Eu avisei (e não fui o único)...o "Nosso ensaio sobre a cegueira" II

Foram ontem tornadas públicas as novas medidas de austeridade promovidas por este Governo.

Como eu escrevi (  CLIQUE SFF ) José Sócrates banqueteou-se, o povo aplaudiu e agora a conta vamos pagá-la nós.

Só não viu quem não quis. E infelizmente houve muita gente a não querer.

Deixo-vos com a notícia através do jornal "Público":

"O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que só agora tomou medidas de corte de salários e de novos aumentos de impostos quando entendeu em consciência que não lhe restava qualquer outra alternativa.

José Sócrates falava no final do Conselho de Ministros, depois de ter sido interrogado se as medidas de redução do défice agora tomadas pelo Governo não surgem com quatro meses de atraso.

“Não tomámos estas medidas de ânimo leve, porque exigem uma grande decisão por parte daqueles que têm responsabilidades”, começou por argumentar o líder do executivo.

“Estas medidas só são tomadas quando um político entende em consciência que não há nenhuma outra alternativa. Foi essa a conclusão a que cheguei agora e não em maio”, justificou José Sócrates.

Ainda de acordo com o primeiro ministro, em maio passado, “a economia portuguesa estava a recuperar -- como ainda está a recuperar, porque apresentámos já crescimento económico este ano. Ora, era muito importante que nenhuma medida pudesse afetar esse crescimento económico de forma intensa”.

“Em 2011, Portugal tem pela frente um dos mais sérios e exigentes esforços orçamentais pela frente, já que precisamos de reduzir o nosso défice de 7,3 por cento para 4,6 por cento”, referiu.

Para José Sócrates, esta trajetória de consolidação orçamental “é dos maiores entre todos os países europeus”.

“No final de 2011, pretendemos ter o mesmo nível de défice que a Alemanha prevê para nos afastarmos em definitivo do conjunto dos países muito afectados pelos mercados financeiros. É essa a razão que nos leva agora a tomar estas medidas”, salientou o líder do executivo.

Neste contexto, o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, complementou que o Governo não podia ignorar as dificuldades de financiamento que a economia portuguesa tem vindo a atravessar, em particular desde a agudização da situação na Irlanda, que estará a gerar um efeito em cadeia."

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