sábado, outubro 04, 2008

GRANDES OBRAS PÚBLICAS E A CRISE FINANCEIRA

Resposta do Sr. Deputado Luís Rodrigues, na crónica PAINEL PARLAMENTO, do "SEM MAIS-JORNAL"


Pergunta: Tendo em conta a crise financeira internacional, fará sentido que o Governo avance com os investimentos e obras públicas previstas para o distrito de Setúbal?



A.R., 1 de Outubro de 2008
Resposta:
"Avançar ou não com as grandes obras públicas não é um problema de Setúbal é um problema do País.
O agravamento da situação financeira apenas veio confirmar a posição do PSD assumida há muito no sentido de avaliar os projectos previstos do ponto de vista nacional. Não se podem hipotecar as gerações futuras apenas por capricho ou teimosia de alguns.
Muitos dos mega-projectos apresentam más soluções do ponto de vista da forma, dos prazos e do seu modelo de financiamento, pois coloca o risco do lado apenas do Estado. Se forem investimentos ruinosos são os contribuintes que pagam.
Independentemente da crise actual, países ricos não cometeriam loucuras que alguns governantes teimam em não avaliar.
Apenas a título de exemplo, relembro a aventura de construção dos estádios para o Euro 2004 que agora, além de estarem às moscas, ainda vão continuar a ser pagos durante muitos anos."
Convido-o a dar também a sua opinião.
Bom Fim-de-semana

3 comentários:

Anónimo disse...

A verdade é que infelizmente estamos à mercê desta maioria, arrogante e de ouvidos de mercador, toda a sua acção é feita não em função do interesse público, mas em função de nitidos e evidentes interesses particulares e partidários, politizando as questões e matérias de maior impacto nacional e decisivas para o futuro de todos os portugueses.
Seria ingénuo acreditar que este governo, com este primeiro-ministro, que tem assentado toda a sua politica numa máquina de propaganda sem pararelo na história da nossa democracia, mudasse agora de rumo, precisamente no ano de todas as eleições...gerações futuras??, crise mundial?? o que é isso afinal??...o que interessa é fazer..ainda que mal...mas francamente iria lá o Engº Socrates perder a oportunidade, logo agora, de ao menos dizer que vai fazer, assim e assado, com a pompa e a circuntãncia devida, deixando no ar um perfume envenenado, para quem ainda acredita em promessas ditas de forma eloquente...o que vale é que ainda resta a esperança de daqui por um ano, outra mentalidade e outra consciência mais realista e pragmática consiga de forma séria resolver as verdadeiras necessidades do País, que tarda em sair deste absoluto marasmo...enquanto o governo socialista continua a viver no seu mundo faz-de-conta, iludindo os que como eles acreditam que estamos no caminho certo... é caso para dizer, como alguém já disse um dia... pobre Portugal do que é que estás à espera??

Rui Belchior

Anónimo disse...

Ao Rui Belchior recomendo a leitura da entrevista do Eduardo Catroga no DN de hoje (5.Out.2008). Por muito que sejamos críticos deste governo, e eu sou uma dessas pessoas, a verdade é que os passos na direcção certa estão a ser tomados ..... podemos é questionar se o caminho percorrido por esses passos é pequeno ou grande. Tal como o anúncio de uma operadora de telecomunicações dizia “Produtividade não é o número de passos que damos mas sim o quando andamos” ..... ou algo similar. Não acredito que o PSD seja diferente e já o provou que não o é ..... a quem o partidarismo não cegar, reflicta no que se passou. Infelizmente para nós, nos últimos tempos apenas tivemos como lideres fortes o Cavaco Silva e agora o José Sócrates ..... o resto foi de uma mediocridade pavorosa e com resultados desastrosos para Portugal.

Quanto ao investimento público, prefiro que o dinheiro seja gasto assim, que na despesa corrente, nomeadamente com funcionários públicos, porém, concordo que não é pelo facto de algo ser investimento que deve ser feito. Numa lógica empresarial, apenas deveríamos investir no que provadamente tem retorno e que permita aumentar a nossa produtividade e, esses investimentos devem ser efectuados ponderadamente e de forma sustentada. Temos dos piores rácios europeus de investimento/retorno por exemplo na educação.

Quando se tem pouco dinheiro, sabemos que temos de o gastar bem. Espero que os políticos façam essa avaliação com o dinheiro público como o fariam com o seu. Que não se corte no investimento ..... que se invista apenas no que comprovadamente traz retorno.

Cumprimentos,
David Veloso

Anónimo disse...

Caro David Veloso,

Vejo que se trata de um crédulo isso não é necessariamente mau...pelo menos para si....quanto a mim asseguro-lhe que o partidarismo não me cega, talvez seja menos paciente e tolerante que o meu caro, a verdade é que depois de Cavaco Silva o PS governou até à data 10 anos...e sendo verdade que há mérito indiscutivel relativamente ao défice, se bem que com os custos para as familias e para as empresas que estão à vista e que a crise da economia mundial não explica...como seguramente não desculpa as politicas desastrosas em todas as outras áreas, nomeadamente na área da segurança, saúde e educação..quanto à agricultura é melhor nem falar nisso...é o pior ministro de todos os tempos....e a justiça então...é o que todos sabem.
Nem tudo será mau, admito, a minha cor politica não impede esse reconhecimento...embora muito pouco entusiasta..por verificar uma marcha demasiado lenta e sobrtudo demasiado penosa.
Quanto aos investimentos...sem dúvida que são importantes, e que são fundamentais para o desenvolvimento do País...a questão contudo não é essa...mas sim que investimentos? qual a sua efectiva necessidade? e quais os seus custos ora...e para as gerações futuras?....é que sabe, com o todo o processo do no aeroporto de Lisboa, com tanta asneira e indecisão, com tanto estudo e com tanto discurso contraditório, tem que reconhecer que "jamais" se pode confiar neste governo populista e de propaganda fácil e demagoga.
Mas sempre lhe digo a talho de foice...que respeito a sua opinião...mas como vê não tenho definitivamente nenhuma esperança neste governo e oxalá, fosse você a ter razão....

Rui Belchior