No último post, entre os vários comentários que recebi, que aliás agradeço, um houve que me chamou especialmente a atenção pela pertinência e profundidade com que desenvolveu o tema a que me tinha proposto analisar com todos vocês. Foi ele um bloguer que assina como Antónimo, cujo comentário, com a devida vénia, passo a transcrever:
"Há certamente uma revolução a acontecer.Poderemos constatar a evolução no espaço blogosférico na margem sul, desde o A-SUL que se poderá considerar o mais antigo, ou pelo menos, o que melhor conseguiu criar e fazer perdurar um espaço cibernético, aos mais recentes, passando pelo inicio da intervenção de políticos da praça no inicio deste ano.Poderemos entender melhor a sua importância, se tivermos em conta que contra esta onda intervenção de cidadãos interligando-se e expandido massa crítica, no final do ano passado surgiam blogs situacionistas (digo PCs), que tentaram inverter a situação de expansão exponencial dos críticos do regime ditatorial que impera na margem sul, e não tiveram qualquer sucesso( No final do ano passado, verificou-se que os pc,s deixaram de intervir nestes blogs, criaram e escreviam só para os seus, e só no fim do primeiro trimestre deste ano, após o seu insucesso, voltaram á antiga estratégia de escrever no blogs da oposição).Contudo, a entrada em cena dos políticos, reverteu num canalizar das expectativas para essas figuras, cerceando o espaço de cidadania aos que mais incipientemente começavam a exprimir e transformar em acção o seu pensamento pessoal, através dos seus blogs.Ainda que se tenha gerado uma situação de estagnação em termos de desenvolvimento de massa crítica e de cidadania (É mais fácil aplaudir e dar apoio, que desenvolvermo-nos e crescermos pessoalmente), foi curioso notar alterações relativamente aos políticos, como por exemplo, e se bem me recordo e não distorço ou interpreto mal a situação, o Paulo Edson que se assumia em nome pessoal, há bem pouco tempo produziu um artigo em que dirigindo-se ao o seu filho altera o seu posicionamento de - politico em algumas situações-,para politico de corpo inteiro e a todo o tempo. São alterações e evoluções demasiado rápidas, ocorridas em muito pouco tempo, num espaço de virtualidades que sucessivamente nos surpreendem.Mais, estou convicto que as máquinas partidárias dos políticos que protagonizam estas transformações, ainda não se aperceberam do que está a acontecer, que estes políticos virão a ter dissabores por não poderem dar respostas às expectativas que estão a gerar, para não referir as convulsões que vão gerar e terão de superar dentro das suas próprias estruturas partidárias.Ainda perdemos tempo e discursos com um bronco qualquer, com dissertações interpretativas quanto á ética de arruaceiros , justificações de pseudo-pedagogia politica, como se de actos de contra-informação se tratasse, ou se um caso de reles manifestação caceteira pudesse ser elevado a incidente minimamente susceptível de merecer tanta atenção.Há uma revolução a surgir, mas ainda está no berço, embora sobre ela nos interroguemos como se estivéssemos já na idade dos porquês!"
Nesse comentário, como puderam observar, faz alusão a um texto meu, que nunca o publiquei no meu blogue, pois o mesmo foi-me pedido pelo Movimento criado na Moita devido à discussão do PDM da Moita, o que fiz com muito prazer e, quando regressei de férias, observei que esse texto tinha sido publicado não só no jornal "O Rio", como também em vários blogues locais "Várzea da Moita", "Alhos Vedros ao Poder" e até no nosso bem conhecido "A-Sul", entre outros.
Por esse motivo, entendi, na altura, não vos maçar com a repetição dessa publicação, no entanto, com este comentário, penso ser oportuno publicá-lo agora.
Caro Antónimo, embora as suas interpretações estejam correctas, pelo menos no plano teórico, na prática era muito importante reflectirmos sobre os papeis das oposições ao nível autárquico.
Tudo o que fazemos, já o disse várias vezes, é completamente amador, sem meios disponibilizados pelas autarquias , nem técnicos, nem humanos, nem financeiros.
Senão repare, só ao fim de um dia de trabalho, muitas vezes ainda incompleto, pois há sempre o trabalho que se traz para casa (no meu caso, pelo menos), é que há alguma disponibilidade para se trabalhar em prol do partido (pesquisa, análise documentos, reuniões, representações externas, etc), da Assembleia Municipal, suas comissões, no meu caso da Assembleia Metropolitana De LVT, suas diversas comissões, blogue, jornais, rádio, etc.
Dito de outra forma, tendo uma profissão, como é o meu caso, e vivendo exclusivamente da mesma, não havendo sequer uma secretária afecta ao serviço dos partidos da oposição, que possa ajudar ao trabalho de pesquisa, de análise de documentos, ou de trabalhos técnicos, chamar políticos na verdadeira acepção da palavra, é para mim um erro. Por isso, vou dizendo que "estou político" e unicamente porque exerço um cargo de eleição. embora no texto, de uma forma Eufemista o tenha afirmado.
O texto referido era este:
"Foi com indisfarçável prazer que aceitei este desafio.
Não por vaidade, porque embora sinta uma ponta de orgulho pela eventual validade do meu contributo, vejo neste movimento, na sua participação, uma forma séria de fazer cidadania activa.
No outro dia o meu filho perguntava-me: Pai, és político? O que é isso?
Respondi-lhe que não. Não sou político. Estou no momento a exercer um (ou vários) cargo(s) político(s), mas não me considero minimamente um político.
Mas confesso que estava enganado e, quando um dia puder contribuir, com um texto, uma opinião, uma simples sugestão, por um movimento como o vosso, então estarei a fazer a mais nobre actividade política: defender o bem comum.
Tenho acompanhado o movimento cívico, mais espontâneo, ou nem tanto quanto isso, mas a verdade é que um conjunto de cidadãos da Moita, e não só, verdadeiramente preocupados com o destino que a Moita estava a levar, caso fosse aprovado o novo PDM do concelho, resolveu fazer política, no que de mais genuíno, nobre e autêntico tem essa actividade: Lutar pelo Bem Comum.
Não me vou alongar grandemente sobre as incongruências legais, de harmonia paisagística, até morais que o novo PDM levantam, até porque outros mais habilitados tecnicamente já o fizeram, mas não posso deixar de manifestar a mais profunda adesão a essa causa.
E, garantidamente vou pedir desculpa ao meu filho e dizer-lhe: Sim filho, sou um político. "
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Termino dando as boas vinda a um novo Blogue no nosso concelho "FERNÃO FERRO A FERRO E FOGO" um título que me diz algo... cujo link é o seguinte http://fernaoferroff.blogspot.com/ Sejam bem vindos e muito boa sorte na prossecução dos vossos objectivos.