sexta-feira, abril 18, 2008

Carta(s) aberta(s) do "Barbas"

A importância de acontecimentos nacionais nesta semana tem-se sobreposto à importância da actualidade local, à qual voltarei para a próxima semana.
Dos temas em destaque merece especial acuidade a demissão do Presidente do PSD, Dr. Luís Filipe Menezes (LFM) e o momento conturbado do Benfica onde várias correntes de Benfiquistas também pedem a "cabeça" de Luís Filipe Vieira (LFV).
Tenho oportunidade de vos apresentar o original das cartas (naquilo que me parece de relevante interesse público) que foram enviadas pelo popular adepto benfiquista "O Barbas", a primeira das quais depois de enviada e, publicados diversos excertos da mesma por diversos órgãos de comunicação nacionais, levantou uma onda de entusiasmo e interrogação sobre o seu verdadeiro significado.
Os seus verdadeiros objectivos, para além dos que estão expostos nas cartas, e que são inequívocos, serão mais tarde verdadeiramente explicados pelo próprio.
Entretanto outros grupos, com outros interesses lançaram movimentos que facilmente se confundem com o movimento criado pelo "barbas", o que o obrigou a enviar hoje mesmo uma segunda nota à imprensa, ao próprio clube e aos jogadores a demarcar-se desses movimentos e a reiterar o seu.
A seu pedido e, logicamente com a sua autorização, deixo-vos o teor das duas cartas abertas:
A primeira carta, enviada no ínicio da semana, a que chamou, :
"Desabafos de um sócio"






"Exmo Senhor
Director do Jornal “A Bola”

Dirijo-me a V. Exa., quiçá usando exageradamente a minha qualidade de conhecido adepto benfiquista, mas com a perfeita noção das responsabilidades que esta exposição me trás.

Como adepto do Benfica que vive, com e para o Benfica, paralelamente à família e ao trabalho, sinto que estou a falar em nome de centenas e centenas, ou mesmo milhares, de benfiquistas, muitos deles que diariamente me abordam com desabafos semelhantes aos que adiante exporei.

Bem sei que a equipa do Benfica ficou aquém das expectativas, está com um plantel desequilibrado, carente de mais qualidade, mas penso que chegou a hora de todos os Benfiquistas dizerem “basta”!

Basta de sermos espoliados jornada após jornada por equipas de arbitragem que “humanamente” erram sempre contra o Benfica!

Basta de termos falsos comentadores, alguns deles alegadamente benfiquistas que mais não fazem do que desestabilizar toda a estrutura futebolística desde os

directores até aos treinadores, passando por jogadores, médicos e restante equipa!

Basta de sermos a única equipa que arrasta os sócios e simpatizantes aos estádios deste País, permitindo aos clubes as suas maiores receitas da época, ou seja o seu euromilhões, e depois os seus dirigentes lançam autênticas passadeiras vermelhas aos dirigentes do Porto!

Por tudo isto e por muito mais que o espaço certamente não me permitiria, venho lançar um desafio a todos os benfiquistas, aqueles que são verdadeiros sócios e não apenas aos notáveis, para um almoço/convívio a ter no final da época, onde discutiremos todos estes assuntos, os mesmos serão debatidos e encontraremos as soluções dos procedimentos que os sócios e adeptos benfiquistas deverão adoptar para mostrar ao mundo a força do BENFICA!"
E a carta enviada hoje:

"Exmo. Senhor
Presidente da Direcção do S. L. Benfica
Av.ª General Norton de Matos.
1500 Lisboa


Lisboa, 18 de Abril de 2008

Assunto: Esclarecimento

Exmo. Senhor

Tomei conhecimento que um grupo de adeptos que se dizem “indígnados pela situação de crise profunda a que se encontra o Sport Lisboa e Benfica decidiu convocar uma manifestação em frente ao Estádio da Luz, no SÁBADO, DIA 19 DE ABRIL DE 2008, pelas 15h00, para todos os adeptos que desejam uma marcação de eleições antecipadas”

No entanto desde já se esclarece que o movimento por mim criado e que a comunicação social deu o devido eco, nada tem a ver com este movimento criado nem, tao pouco, visa destituir o Presidente do nosso glorioso clube, mas sim insurgir-se contra a forma como o Benfica está a ser tratado no futebol portugues. É certo que visa igualmente alertar os responsaveis do clube para a actual politica desportiva que tem de ser reforçada.

Mais esclarece que não “embarca” em campanhas que visam denegrir internamente o bom nome e o profissionalismo dos jogadores do Benfica, nem está, por ora, associado a qualquer movimento de “notáveis” que aparecem sempre que o nosso clube tem um mau resultado.

Pelo exposto agradece-se que esta posição seja do conhecimento da direcção da SAD do clube, dos jogadores, dos adeptos, e da comunicação social, não permitindo que qualquer movimento use indevidamente o MEU RECONHECIDO BENFIQUISMO, para as suas causas!


VIVA O BENFICA!"


5 comentários:

Anónimo disse...

Alguém me enviou isto num blogue de Ovar e eu reproduzo para si:

A Escala de Barbas
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Alguém me enviou isto. Já não sei quem, mas o que importa mesmo é que penso que este texto merece uma leitura e, consequentemente, uma reflexão!
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O português, já se sabe, pela-se por festas. Qualquer notícia de somenos torna-se pretexto para um Carnaval de dimensões desproporcionais. A rapaziada sai para a rua, buzina como se não houvesse amanhã, grita histericamente e esquece, por momentos, que o IVA aumentou três vezes em quatro anos. O futebol e o Benfica, em particular, são os melhores exemplos desta euforia esquizofrénica.

Secundados por uma imprensa tão ridícula como histérica, os adeptos do Benfica contam-se entre os mais crédulos da Criação. Quem esquece a saga de há três anos, iniciada com o Dream team, prosseguida com o Dream II e o Benfica de Ouro. Crédulos, os fiéis acorreram à Luz, ciosos do milagre de multiplicação. Em vez das rosas de D. Inês, queriam golos, muito golos. Debalde.

Tenho para mim que o adepto benfiquista representa um estádio menor de desenvolvimento cognitivo humano. Falta-lhe o gene do bom senso, que não se compra na botica. Falta-lhe o da moderação, que não abunda na farmácia. E falta-lhe o da inteligência, mas esse, amigos, remonta aos pais e demais antepassados.

Ao longo dos anos, os sócios do clube elegeram democraticamente uma legião de cabotinos para os liderar. João Santos dormitava nas assembleias gerais. Jorge de Brito vivia numa dimensão paralela com duendes e elfos misturados com golos do Eusébio. Manuel Damásio terá sido o presidente mais ingénuo que Pinto da Costa teve o gosto de deglutir. Chegou depois Vale e Azevedo, eterno ídolo para os produtores deste blogue, homem sem mácula e de pêlo na venta, dotado de visão de futuro e de imenso altruísmo na gestão da causa. Vale e Azevedo transformou para sempre a relação do Benfica com os seus credores e com a sociedade em geral, mas, como todos os grandes líderes, de Gandhi a Mandela, teve razão antes de tempo. Prenderam-no, como Gandhi e Mandela, e libertaram-no como Gandhi e Mandela. Talvez um dia ele volte para acabar o trabalho.

Quando Manuel Vilarinho tomou posse, alguns adeptos rivais temeram, resignados, o aparente regresso à normalidade do clube. De penalty em penalty, Vilarinho mostrou-lhes que não havia motivos para receios.

Luís Filipe Vieira é talvez o líder benfiquista mais parecido com Vale e Azevedo. Desperta os mesmos instintos primários, as mesmas explosões guturais, as mesmas euforias esquizofrénicas, que transformam um 12.º lugar na melhor coisa que poderia suceder ao Benfica.

Pergunta fundamental: porque votam os sócios do Benfica nestes talibãs? Para responder, preciso de introduzir um conceito revolucionário na discussão. Nestes anos todos, qual é a imagem que melhor se coaduna com o Benfica? As botas voadoras de Pacheco na final de Estugarda com o PSV? O penalty falhado de Veloso no mesmo jogo? O sorriso resignado de Enke em Vigo, depois de fazer sete vezes a mesma viagem ao fundo da baliza? As imagens de Vale e Azevedo em prisão domiciliária? O iate Lucky me? Não, amigos, a imagem que melhor descreve o Benfica é o Barbas de cócoras no dia da inauguração do novo estádio, deglutindo garbosamente pedaços de relva para “exemplificar aos jogadores o que é o Benfica”.

Os terramotos têm escalas de Richter e Mercalli para medir a intensidade e a magnitude. Eu proponho a escala de Barbas para medir o benfiquismo. O taxista Jorge Máximo, homem que se exalta nas assembleias-gerais, merece claramente um 10 na escala de Barbas. O moderado Toni, sempre pronto a ver mérito no adversário, merece um 3. E por aí adiante.

Regressando à pergunta original, porque votam os sócios nestes dirigentes? Porque maioritariamente o sócio do Benfica merece entre 8 e 10 na escala de Barbas. De certa forma, o Barbas é o Benfica. E isso diz quase tudo.

Este artigo foi publicado em Sexta-feira, 28 Março, 2008 às 1:26 e classificado na categoria Info

Anónimo disse...

Admiro a posição do "barbas".

Grande privilégio o acesso em 1ª mão a estas cartas.

Força Benfica!

Anónimo disse...

José Veiga a presidente !

Anónimo disse...

Esse senhor de Ovar é o espelho do seu presidente; não gostam, mas estão sempre a falar do Benfica, portanto so podem um "fetiche" pelo facto de não pertencerem ao maior clube portugues, alem do mais reflectem um complexo notorio de provincianismo.

Saudações Benfiquistas

DM

Anónimo disse...

Olá paulo, não o conheço mas gosto muito do seu blogue. Vi no outro dia um comentário com um lindo poema, deixado por alguem. Hoje vou deixar-lhe um chamado "o golo".

O GOLO

Os meninos
Que jogam à bola na minha rua
Jogam com o Sol
E os pés de alegria e de vento
A baliza uma nuvem tonta
À toa
Na luz do dia
E eu olho os meninos e a bola
Que voa
E oiço os meninos gritar:
Go....o...lo!....
E não há perder nem ganhar
Só perde, quem os olhos dos meninos
Não puder olhar.