segunda-feira, março 31, 2008

Um Paraíso na terra


Hoje vou escrever um post algo diferente.
Quem vem a este blogue à procura da última posição política, minha ou do PSD, e apenas disso, desta vez poderá até optar por nem ler este post. Poderá sempre responder ao desafio do post anterior, ou esperar por amanhã ou depois, onde certamente retomarei a actividade política.
Hoje faço um post a pedido de uma amiga ( A "Dorinha").
Obrigou-me a prometer que o fazia e, eu, mais uma vez, qual pagador de promessas, cá estou a cumprir. Aqui vai:
O Desafio

Na vida passamos momentos imemoriais, alguns de tal transcendência, como seja o nascimento dos nossos filhos, mortes de entes queridos, casamentos, baptizados, etc, outros de bem menor importância, mas igualmente marcantes nas memórias que levaremos deste mundo.
Sob um tempo magnífico e dentro de uma água, transparente, límpida, paredes meias com peixinhos e algas medicinais e a uma temperatura que convidava a perpetuar aquele banho, aqueles mergulhos, a bem mais do que as quase duas horas que ele já durava, foi lançado o desafio que qualquer um de nós lançaria: tira-me uma fotografia.
Não! Que o momento é solene, a paisagem é paradisíaca, o horizonte assemelha-se bem mais longínquo do que a visão alcança, a história e o misticismo do local convida a actos heróicos de forma a perpetuarmos no tempo a importância do local, inscrevendo o nosso nome no mesmo, portanto, logo ali ficou estabelecido que NÃO. Não podia ser uma simples fotografia, pois que nenhuma máquina do mundo saberia descrever visualmente o local, o momento, o beijo presenciado, a amizade que se respirava, com o aroma próprio que ela exala.
Não! O desafio foi o mais injusto possível: Nas mesmas águas onde Jorge Amado escreveu das páginas mais bonitas que a literatura universal já leu. Onde Portugueses se instalaram desalojando em tempos idos os índios, onde os escravos se banharam, criando coisas tão fantásticas como o Axé, o Samba ou a Capoieira, onde gerações e gerações dos Garcia D´Ávila ajudaram os Portugueses, primeiro a lutarem contra Índios, Holandeses, Italianos, Franceses e mais tarde, contra os próprios Portugueses, quando se assumiram como Brasileiros renegando a pátria mãe, desse local fantástico com o peso histórico que carrega, eu não poderia nunca aceitar tal incumbência.
Por isso Dorinha, este texto perpetua o teu beijo ao teu marido, perpetua, a nossa amizade, perpetua aquela água magnifica, como nunca a sentimos, perpetua aquele luar imenso, aquelas estrelas que doravante nos guiarão, perpetua até as duas caipiroscas (ou tropicálias? ou caipifrutas?) que bebeste e te inspiraram tanto, mas NÃO, este texto jamais poderá ter a ousadia de querer descrever tão sublime momento”

quinta-feira, março 27, 2008

De Volta "à Vida"

Olá a todos,
Estou de volta ao meu/nosso mundo.
Para trás ficaram dias magníficos, que mais tarde certamente abordarei neste bolgue.
Por agora cumpre-me agradecer os votos de boas férias e de Páscoa Feliz recebidos quer neste espaço, quer no e-mail e, se não retribuir (já é tarde para isso) , pelo menos dizer que desejo que também tenham tido uma Páscoa Feliz.
Como estou desactualizado e, com muito trabalho para repôr, mas não queria deixar de actualizar o blogue, faço-vos a proposta ao contrário:
Em vez de escrever um post com um tema específico, desafio quem lêr este blogue e se interessar pelos problemas do Seixal, da Margem Sul, de Portugal, da Europa, do Mundo ou do Universo.., diga quais as temáticas que gostaria de vêr abordadas na próxima Assembleia Municipal.
Criemos, pois, neste post um Fórum de discussão sobre o estado do Concelho. Vou manter este Post em permanente actualização até ao dia da próxima Assembleia Municipal (2.ª Sessão Ordinária, a realizar no próximo dia 21 de Abril (2ª Feira), pelas 21H00,na Sede da assembleia Municipal).
O desafio está lançado. Não cabe unicamente aos partidos políticos e aos eleitos locais a abordagem de temas vividos por todos. Aceite este desafio e participe!

domingo, março 16, 2008

Férias

O corpo pediu
A mente suplicou
A família implorou
A vontade influenciou

Por isso vou de férias,
porque a vida não é só trabalhar
e, espero voltar mais "atento" do que nunca

Entretanto, pessoa amiga vai assegurar a colocação das vossas mensagens
tenham é presente que não serão respondidas.
Boa Páscoa a todos!

segunda-feira, março 10, 2008

Estágios Profissionais: uma realidade para a Ambrosina(filha do Ambrósio)?”

Uma nota:
Quem estiver interessado, tem um programa "O Esatado do Concelho, o Conselho do Estado", que vai para o ar de segunda a sexta (menos na quarta) às 8h20 e 18h20, com um compacto ao sábado, pelas 11h20, com representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal.
A participação do PSD é à terça-feira, através de uma crónica minha, de cerca de 3 minutos.
Poderá ser ouvida em directo pela internet, através do link aqui ao lado, mas que o deixo também neste post http://www.radiobaia.pt/ em 98.7 Fm Stereo

Deixo-vos a minha última crónica escrita no jornal "Comércio do Seixal", distribuído na sexta-feira passada.
Como sempre, espero que gostem, pois é para vocês que ela foi feita. Cá vai então:


Caminhando pela Vila, ao som do Jorge Palma com a música “encosta-te a mim”, como quem deseja nessa letra amparar todas as desgraças do mundo o bom do Ambrósio lá caminhava pela sua viela. Perdão, cidade, porque o Seixal é uma cidade e das boas, pensava o Ambrósio com a convicção própria de quem nem sequer pensa verdadeiramente no que lhe ocorre. Estava preocupado. Tinha motivos para isso. Ao desemprego recente, questões sociais por resolver, insegurança e péssima assistência na saúde, o Ambrósio somava uma nova preocupação: o desemprego da filha licenciada em História. “para que raio servirá esse curso?”, pensou. Olha, talvez para ajudar os defensores do estaleiro naval da Quinta da Trindade a provarem o seu valor histórico, disse para consigo, sem conseguir evitar ouvir-se uma gargalhada por entre os acordes finais do Jorge Palma.
O que o Ambrósio não sabia, mas os fieis leitores do “Comercio do Seixal” ficarão a saber é que a sua filha pode dirigir-se ao Centro de Emprego da sua área (ou até a outro, ou mesmo pela Internet) e candidatar-se a um estágio profissional. Para isso este humilde escriba presta ao Ambrósio, à sua Ambrosinazinha e a quem mais interessar esta informação e os seguintes esclarecimentos(esperando ser útil):

O Programa Estágios Profissionais tem por objectivo a inserção de jovens na vida activa, complementando uma qualificação anteriormente adquirida, com uma formação prática em contexto laboral.
Este Programa pode, ainda, contribuir para facilitar o recrutamento e a integração de jovens quadros nas empresas.

O Programa Estágios Profissionais não inclui os estágios curriculares de qualquer espécie de cursos.

A quem se dirige?

Jovens entre os 16 e 30 anos, habilitados com qualificação de nível superior - níveis 4 e 5 ou qualificação de nível intermédio - níveis 2 e 3 - que reúnam uma das seguintes condições:


Desempregados à procura do primeiro emprego, que não tenham desenvolvido qualquer tipo de actividade profissional por período superior a 1 ano
Desempregados à procura de novo emprego que tenham entretanto adquirido qualificação e não tenham tido ocupação profissional nessa área, por período superior a um ano

Quando os destinatários forem portadores de deficiência não existe limite máximo de idade.


Qual a duração do estágio?

9 meses, podendo prolongar-se, com autorização do IEFP,
excepcionalmente, até 12 meses, quando for complementado por um estágio a realizar em território nacional ou no estrangeiro.

Que apoios lhe podem ser concedidos?

Bolsa de estágio (de montante variável, consoante o seu nível de formação)

Acompanhamento técnico-pedagógico

Subsídio de refeição, ou apoio à alimentação equiparável (por parte da entidade)

Subsídio de transporte

Seguro contra acidentes de trabalho

Subsídio de alojamento, nos casos em que resida a mais de 50km do local do estágio

No caso de um estágio complementar transnacional, pagamento de ajudas de custo e comparticipação em 50% das despesas de transporte no início e no fim do estágio

sábado, março 08, 2008

para ti - Mulher - um dia Feliz, neste teu dia

A ti, MULHER,
o mundo sem ti,
é simplesmente inimaginável,
do teu ventre nasci,
com a tua sensibilidade aprendi,
a tua formusura observei
da tua sensualidade ousei

A todas as mulheres, mas com especial realce à minha avó, mãe, mulher e filha,
desejo um feliz dia das mulheres

quarta-feira, março 05, 2008

Moção:“Destruição do Estaleiro Naval da Quinta da Fidalga”

Um trabalho político concertado, assente em princípios como sejam o respeito pelo poder autárquico, pelo princípio do contraditório, pela possibilidade de o decisor político justificar a sua medida antes de ser imediatamente condenado só por ser de outra côr política levou-nos, como bem sabem a: primeiro perguntar, segundo aguardar resposta, terceiro condenar públicamente e, finalmente, manifestar no órgão próprio (Assembleia Municipal) a nossa verdadeira posição política. Foi o que fizémos no caso do Sapal de Corroios, no da Vedação da Torre e também neste do Estaleiro.
A Moção que vão ler, mais não é do que uma súmula de posições anteriormente assumidas. Transcrevo-a contudo, apenas pelo respeito que me merecem, de saberem exactamente o que o PSD propôs e a CDU chumbou.
Bem, mas a resposta da Câmara Municipal, que através do seu Presidente , me chamou "desonesto" (pedi que ficasse em acta para Sua Exclência reponder no local próprio), exagerado e, teve até a ousadia de me comparar (em tom depreciativo, está bom de ver) a uma sumidade nacional em História que é o Professor Hermano Saraiva, ao referir que eu até parecia o Prof. Saraiva a exagerar nos factos e figuras da nossa história.
Respondi-lhe que para azar do Sr. Presidente da Câmara terá oportunamente de dizer isso directamente ao Prof. Hermano Saraiva, uma vez que ele está solidário com esta causa e apenas não veio ainda ao Seixal devido a questões de saúde.
O que eles não fazem quando querem justificar as suas posições...
Só que às vezes têm azar!!!
Deixa-vos com a moção:

Moção

“Destruição do Estaleiro Naval da Quinta da Fidalga”


Considerando que:


- As origens da Quinta da Fidalga remontam ao século XV.
- Que pertenceu a Paulo da Gama, irmão de Vasco da Gama, que se estabeleceu no local para acompanhar a construção e reparação de caravelas num estaleiro em Arrentela.
- Que se trata do único dos antigos estaleiros edificados em alvenaria, provavelmente no local onde há mais de 500 anos Paulo da Gama comandou a construção de quatro caravelas que chegaram à Índia, como supra se referiu.
- O espaço deste estaleiro - situado nas proximidades da Quinta da Fidalga, até há muito pouco tempo coberto com vegetação, agora demolido, enquadrado nas tão atrasadas obras de reconversão da frente ribeirinha –
- Era um dos marcos indiscutíveis da cultura marítima regional, carecendo de um profundo estudo histórico e arqueológico que, naturalmente, poderia levar à sua classificação como património.
- Classificação que, com a sua demolição, tornará impossível!
- O que é tanto mais lamentável quando se sabe que o rei D. Manuel I (1495-1521) confiou a Estevão da Gama o comando da frota que, em 8 de Julho de 1497, zarpou do Rio Tejo em demanda da Índia, com 150 homens entre marinheiros, soldados e religiosos, distribuídos por quatro pequenas embarcações contruídas no estaleiro da Quinta da Fidalga.



- Com a demolição estão, não só em causa as memórias do Tejo, da importância histórica deste estaleiro e do nosso município, mas, sobretudo a falta de coerência, honestidade e integridade no cumprimento das promessas do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo onde, a preservação dos estaleiros é um dos ícones que nos venderam repetida e insistentemente no respectivo documento.
- Que se ouve que o antigo espaço do estaleiro naval da Quinta da Fidalga será transformado numa área de lazer e turística, com vertentes de restauração, saúde ou bem-estar, em dois edifícios, um com uma área de implantação de 490 metros quadrados e o outro com 82 metros quadrados, o que a concretizar-se poderá desvirtuar o espaço aqui referido e constituirá um autêntico “crime” contra o património histórico e cultural do Seixal.
- Não foi visível por quem visitou o local qualquer alvará que acompanhasse a demolição;
- Não foram respondidos os requerimentos apresentados, nem apresentados os tais estudos que aparentemente fundamentam a decisão da câmara municipa


A Assembleia Municipal do Seixal aos 28 dias do mês de Fevereiro de 2008, reunida para a primeira Sessão ordinária de 2008 delibera:

-Mostrar a sua perplexidade e profunda condenação pela decisão da Câmara Municipal,
-solicitar que, ao menos, sejam permitidos estudos relativamente ao subsolo, pois a recente demolição e os trabalhos em percurso, fazem recear pela destruição de vestígios arqueológicos existentes no subsolo da área envolvente do estaleiro da Quinta da Fidalga.
- Condenar que se perca um património histórico-cultural de tão grande importância em troca da construção de um estabelecimento de restauração.


Os Deputados Municipais do PSD:

segunda-feira, março 03, 2008

Mais uma Moção

Mais uma Moção que reflecte apenas coerência política do meu partido que primeiro perguntou, depois estudou o assunto e agora toma as posições políticas em conformidade. E neste caso foi, antes de mais nada, pedir a condenação do executivo da Câmara Municipal do Seixal por não dar as respostas a quem, com toda a legitimidade, as requereu.
E não é que o executivo num primeiro momento não assumiu o erro, mas acabou por fazê-lo??
Pois é, mas infelizmente a bancada da CDU, que para além de ser da CDU também são deputados municipais e deveriam pugnar pelo respeito institucional pelo órgão, esses votaram, sabem como? adivinharam: CONTRA. Também não era muito difícil, pois não?

Moção
“SAPAL DE CORROIOS”

Considerando que:

-O Sapal de Corroios é das zonas húmidas mais bem conservadas de todo o estuário do Tejo, a sul de Alcochete, inserida no Domínio Público Hídrico e abrangida pela legislação da Reserva Ecológica Nacional (REN). Pela biodiversidade que alberga, desempenha um papel vital na vida das populações de peixes, bivalves, crustáceos e aves limícolas, residentes e migratórias do estuário do Rio Tejo;
-A vegetação de sapal tem um papel de extrema importância no combate às alterações climáticas e ao funcionamento dos estuários, quer sob o ponto de vista bio geoquímico (retirando ou fornecendo nutrientes para a coluna de água e retendo metais pesados), físico (consolidação de margens e fundos), químico (oxigenação da água), quer biológico (produção de matéria orgânica e detrito, respiração, maternidade e refúgio);
-Desde há décadas, que uma considerável área da chamada “Baía” , onde se inclui o Sapal de Corroios, tem sido alvo de diversos atentados ambientais, nas suas margens e no seu interior. A destruição do Moinho do Porto de Raposa (onde se encontra hoje a Ponte da Fraternidade) provocou uma das maiores alterações ambientais em toda a área da “Baía”.
-O que se vai permitindo construir e erguer, de forma legal ou não, tem vindo a asfixiar lentamente este espaço natural magnífico. Muitos dos atentados ambientais encontram-se em zonas pouco visíveis da “Baía”. A descarga de esgotos sem tratamento continua a acontecer, apesar da tentativa de ocultação por parte das entidades responsáveis.
-Em Maio de 2001 a ex-DRAOT licencia obras de construção de tanques para a engorda de peixes que, pela envergadura e pela utilização de processos de mecanização pesada, alteraram cerca de 17 hectares do sapal;

-Em Agosto de 2001 a Câmara Municipal do Seixal embargou os trabalhos e exigiu a reposição do sapal no seu estado inicial. As obras vieram a parar apenas em Outubro de 2002 embargadas coercivamente pela autarquia;
-Em 14.Jul.2003 o Secretário de Estado do Ordenamento do Território, anulou as licenças emitidas e determinou a reposição da situação antes da emissão da licença;
-Passados mais de quatro anos, depois de anuladas as licenças pelo Governo, o mesmo projecto voltou a estar na ordem do dia, sendo aprovado agora também pela Câmara Municipal do Seixal, contrariando a posição assumida anteriormente.
-Foi licenciado, por deliberação maioritária na reunião de Câmara realizada no passado dia 19 de Dezembro de 2007, o estabelecimento de culturas marinhas para a zona do Sapal de Corroios.
-O Governo e a Câmara Municipal do Seixal ao aprovarem agora a pretensão anulada e/ou embargada anteriormente, estão implicitamente a assumir que prejudicaram o promotor.
-Neste caso como noutros, os cidadãos e os investidores no mínimo sentem-se enganados. Este caso é claramente demonstrativo da insegurança transmitida pelo Estado ao nível central e local.
-Que é legítimo que a população pergunte: “Porquê esta mudança? Porquê agora? Que interesses estão subjacentes a esta mudança?
-Que a bancada do PSD neste fórum solicitou a resposta a um conjunto de questões relacionadas com esta temática e ainda não obteve resposta da Câmara Municipal.
-Enquanto esta situação não for bem esclarecida e as respostas não forem concretas a suspeição fica no espírito dos cidadãos.
-O Deputado Luís Rodrigues, eleito pelo PSD de Setúbal colocou estas mesmas questões ao Governo, através do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, e à Câmara Municipal do Seixal, não tendo até ao momento obtido qualquer resposta.


A Assembleia Municipal do Seixal aos 28 dias do mês de Fevereiro de 2008, reunida para a primeira Sessão ordinária de 2008 delibera:

-Condenar o comportamento da Câmara Municipal do Seixal por não cumprir com o legalmente previsto, escusando-se a dar atempadamente explicações solicitadas nos termos regimentais, mostrando com essa atitude um total desrespeito pelo órgão Assembleia Municipal.

Os Deputados Municipais do PSD:
NOTA: Há um novo programa na Rádio Baía (98.7) a passar às 8h20 da manhã e 18h20. segunda é um apontamento do B. Esquerda, terça, portanto amanhã é o PSD, quinta o PS e sexta a CDU. Seria interessante ouvirem as diversas propostas das forças políticas representadas.

domingo, março 02, 2008

As Incríveis explicações do Sr. Vereador Carlos Mateus

Pois é, quando tomei a iniciativa de apresentar o requerimento á Câmara Municipal do Seixal sobre a retirada da rede de vedação do Parque Técnico da Câmara situado no Fogueiro, confesso que agi como sempre o faço (com a melhor das intenções).

Ou seja, tomo conhecimento da gravidade de uma determinada situação (no caso até foi na blogosfera, como logo assumi), averiguo a mesma situação e actuo, não só enquanto autarca que tem essa responsabilidade, mas também enquanto cidadão que ingenuamente tenta alertar a Câmara (não se vá dar o caso de eles não terem percebido a gravidade da situação).

E digo ingenuamente porque todo o desenvolvimento do processo o comprova, pois se por acaso a Câmara não soubesse exactamente o que se estava a passar a seguir a retirarem a vedação, depois da recepção do meu requerimento certamente iriam investigar, alterar o que tivessem por conveniente e quiçá, agradecerem a quem os avisou, numa curta missiva que lhes demoraria 2 minutos.

Mas, como todos sabem, resposta é uma miragem a que um dia poderemos aceder e, aquando da apresentação da moção, depois da inevitável defesa da posição do Grupo Municipal da CDU, que de tão parcial até veio reclamar que nada se passava, tivemos uma intervenção do Sr. Presidente da Câmara que, como é habitual, nada de objectivo responde (sempre que não lhe convém, está bom de ver) e a seguir assistimos a uma das defesas mais incríveis que já ouvi apresentar até hoje. Senão vejamos, o Sr. Vereador da tutela, Carlos Mateus, não se mostrou arrependido da decisão tomada e afinal, pasme-se, sabia perfeitamente da insegurança a que votou aquela zona, pois ele próprio assumiu que os 3 (três) seguranças que asseguravam (?) a guarda da zona já não o conseguiam fazer, temendo pela sua própria integridade física e a rede protectora inclusivé já estava danificada por terceiros, "pelo que assim foi muito melhor, poupou-se dinheiro e até se aproveitou o que restava da rede".
Poupou-se cerca de € 10.000 mensais ao erário público, numa zona que a breve trecho dará origem a mais um empreendimento.
Pergunto: Se nem com os seguranças (3) e com a rede (que havia de ter algo de dissuasor, digo eu) a Câmara Municipal mantinha a segurança na zona, defendendo o seu património e a integridade física dos residentes, abandonando o local (que recorde-se apenas fica inseguro porque deixa instalações degradadas e óptimas para actividades ilícitas), quem se responsabiliza se durante este hiato de tempo acontecer ali alguma tragédia?
Por outro lado ficámos todos a saber como a Câmara reage quando se sente ameaçada em vez de reforçar a segurança, articulando com as forças de segurança pública e garantindo aos seus munícipes algum conforto, abandona-os e deixa-os à mercê, sabe-se lá de quê.
Saber até se sabe, ora veja-se a última edição do "Comércio do Seixal" que ilustra bem o que estou a dizer e desmente muitas intervenções que ouvi naquela Assembleia Municipal