domingo, outubro 16, 2011

Reflexão pessoal sobre a Situação de Emergência Nacional - Ricardo Baptista Leite

Conheci o Ricardo Baptista Leite, enquanto Deputado Metropolitano na Área Metropolitana de Lisboa, no mandato anterior.

Éramos, portanto, colegas de bancada. Apesar da sua juventude, logo ali encontrei uma pessoa com formação superior (médico), inteligente, excelente carácter e um promissor político. Ficámos amigos e, quanto ao resto, não me enganei.

Foi já Presidente da sua Secção (Cascais) e hoje é deputado, onde praticamente representa o PSD na área da saúde (A Dra. Clara Carneiro, como sabem, está como Conselheira do Sr. Presidente da República) e é um reputadíssimo médico na sua especialidade (AIDS) onde representa Portugal acerca desta temática.

Por hoje deixo-vos com uma reflexão que ele me enviou (nem sei onde a publicou) por e-mail e que corroboro por completo. ora vejam:





Reflexão pessoal sobre a Situação de Emergência Nacional

 

 Sinto-me defraudado enquanto jovem cidadão Português. A minha geração está a pagar pelos erros daqueles que irresponsavelmente governaram o nosso país e que violaram o princípio de não comprometer as gerações futuras. Vivemos hoje, por causa disso, uma situação apenas comparável à de um país em estado de guerra. Mas contas feitas, há um pensamento que me assombra. É certo que houve, e há, no funcionamento do Estado, má gestão, desperdício e muitas ineficiências que contribuíram para a situação de catástrofe económico-financeira em que nos encontramos. Mas é também por demais evidente que a situação só poderá ter atingido esta dimensão dantesca como resultado de gestão ruinosa, tráfico de influências, corrupção e roubo. Subscrevo, por isso, a proposta da Juventude Social Democrata. O Procurador Geral da República tem que, de uma vez por todas, cumprir o seu papel e assegurar a investigação e condenação expedita dos responsáveis por esta situação. Mas vou mais além. Todos os responsáveis têm que ser condenados. Sejam eles de que partido forem, sejam eles independentes, sejam eles antigos ou actuais governantes ou antigos ou actuais membros dos órgãos de Soberania, sejam eles antigos ou actuais gestores da coisa pública, sejam eles actuais ou antigos gestores privados com ligações directas ao Estado, sejam eles cidadãos que lucraram através do abuso e fraude consciente do Estado, quer no âmbito da segurança social quer no âmbito fiscal. Mas não basta investigar e condenar. Todos os bens desses responsáveis, devidamente condenados em tribunais deste nosso Estado de Direito, devem ser confiscados e devolvidos directamente para o Estado, que afinal somos todos nós contribuintes. Isto não resolve o nosso problema. Eu sei. Mas garanto-vos que, no futuro, se cumprirmos com estas premissas, situações como aquelas que levaram à condição que hoje vivemos, não voltarão a acontecer. Nós, jovens deste país não podemos desistir. E acredito mesmo que seremos capazes de dar a volta e repor Portugal na rota do crescimento. Acredito muito na força, visão e determinação do nosso Primeiro-Ministro e tudo farei para ajudar neste estado de emergência nacional. Faço-o porque tenho orgulho no meu país e porque a força da nossa história, enquanto Nação, a isso nos obriga. Eu acredito que juntos iremos conseguir. Acreditem também… e que Deus nos ajude.

Ricardo Baptista Leite, MD, MP Deputado / Member of ParliamentComissão de Saúde / Health CommitteeAssembleia da República / Portuguese ParliamentPalácio de S. Bento

1 comentário:

Anónimo disse...

Lamento, mas nada me comove esta reflexão pacóvia.
Então vejamos:
...o movimento dos "Indignados" que tem iguais alegações é nacional?
...a rapina financeira dos bens dos contribuintes está localizada geográficamente neste cantinho da Europa?
...O G 20 não está agora a pedir à Europa que tome medidas porque já estão na calha?
Bom, afinal parece que o problema é outro ...por mais que alguma visão estreita nos queira enganar com espectáculos de punições nos pelourinhos cá na vilória ,de uma meia dúzia de chicos-esperteros.
Procuremos nas "cities" que transformaram os mercados, hoje globalizados , não em sitios onde se praticam transacções económicas mas sim actos de pura pirataria, e talvez encontremos a solução.
Parecem fantasmas, mas toda a gente sabe que os pode encontrar no"Fim da História"