terça-feira, agosto 10, 2010

O Preço da Amizade





Férias, sol, calor, praia, alegria, divertimento. Tudo isso posso dizer que, graças a Deus, vou tendo. Amigos, noitadas, enfim, tudo aquilo que de bom a vida nos tem para oferecer e que eu sou um dos privilegiados em receber, intervalando com o stress do dia-a-dia.

Há um ano, precisamente na primeira quinzena de Agosto, num dia particularmente complicado da minha vida, daqueles em que apostamos no vermelho e sai o preto, em que jogamos no 10 e sai o 9 e o 11, daqueles em que quase descremos de nós próprios, apesar do sol, calor e alegria que nos rodeia, um amigo do peito, daqueles que já não se fabricam, percebendo o meu estado, pegou em mim e na minha família (os meus filhos) e levou-me arrastado para casa de um primo, juntamente com os seus familiares (mulher, filhas e cunhados).

Constrangido, mas agradecido, lá fui eu e os meus filhotes, quais penetras numa festa, aguardando o que nos esperava.

Quem me conhece sabe que quando substituo o habitual e característico sorriso pela cara séria, passa a ser caso para dizer “sai debaixo..” e era assim que eu estava.

Nesse dia, fui acolhido pelo Domingos e pela Fátima como se de um velho amigo se tratasse. Pequenos gestos, pequenas palavras, as feridas foram observadas, avaliadas, qual doente a colocar-se nas mãos de um médico estranho.

Mentiria se dissesse que saí dali curado, mas seria injusto se não referisse que aquela noite sarou, ou pelo menos atenuou, a dor que sentia naquele dia.

As palavras amigas da Fátima, os conselhos sapientes do Domingos, a amizade incondicional do Armando, a ternura do olhar da Manuela, a beleza cândida da Filipa, a presença reconfortante dos Dorinhos, tudo junto permitiu-me aguentar aquela noite, perceber que melhores dias virão ( e vieram mesmo) e que devemos aguentar e esperar por esses dias.

Um ano depois, com aquela ferida sarada, fechada, outras feridas espreitavam, mas já com circunstâncias absolutamente diferente, voltei a reencontrar o casal Brôa. O cenário era o mesmo, mas as circunstâncias eram absolutamente diferentes.

Bem sei que a minúscula televisão foi, em tamanho, proporcionalmente oposta à enorme desilusão provocada pela derrota do Benfica na Supertaça Portuguesa em futebol.

Apesar desse contratempo, o churrasco, a simpatia, a arte de bem receber, mantiveram-se divinais. A Daniela Mercury a servir de aperitivo, ao vivo e a cores, o grupo alargado, pela família Padre Eterno, a família Veloso, pela família Araújo e pela presença das minhas panisguinhas, tal facto apenas provocou que a alegria triplicasse.

A minha avozinha sempre me ensinou: “mais vale tarde do que nunca” e se o jantar deste ano foi muito bom, o do ano passado foi marcante, por isso, mesmo bastante atrasado – Obrigado Domingos e Fátima.

3 comentários:

Luis Lourenço disse...

Só uma pergunta para uma passarona que gosta muito de andar por estas bandas a ver se consegue "cagar postas de pescada".

Hoje o presidente da Câmara de Sintra esteve presente no incêndio que ali aconteceu e não hesitou em dizer que os incêndios no local são criminosos.

Onde esteve o seu patrão Alfredo Monteiro aquando dos incêndios em vários sitios do concelho?
Que declarações fez ele sobre a possibilidade destes incêndios sempre nos mesmos locais serem criminosos?

Afinal se o Dr. Paulo Edson é vereador da Protecção Civil o presidente da Câmara Alfredo Monteiro que tem a superintendência das Corporações de Bombeiros do Concelho.

Já que se diz apartidário desafio-o a responder a isto.

Anónimo disse...

Depois da tempestade a bonança... com os dias menos tristes das nossas vidas aprendemos e fortalecemos-nos para o futuro por isso como sempre te ensinou a tua avozinha quem não nos derruba fortalece...e tu és um homem forte
mtos beijinhos da tua afilhadinha

Anónimo disse...

Paulo

Somos amigos!!! tanto para os bons como maus momentos. Obrigada pelo carinho como sempre falas de nós. Um beijão para vocês e um bom regresso ao trabalho! Nós vamos gozar, agora, os tão esperados e merecidos dias de férias. Manela